Projeto vencedor procura colmatar a falha existente na prevenção de osteoporose

Projeto chama-se “Osteoporose: Influência do estilo de vida no pré e pós-diagnóstico em utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Seia”.

“Durante anos, foi, indubitavelmente, uma patologia subestimada, não só pela sociedade em geral, mas também por governos, sistemas de saúde e profissionais de saúde que, concebendo-a como uma inevitabilidade do envelhecimento, não terão apostado na prevenção da mesma como seria desejável e expectável, à luz dos conhecimentos da altura”, afirma Viviana Tavares, reumatologista e presidente da APOROS.

O projeto vencedor tem como principal objetivo analisar, ao longo de um ano, um conjunto de informação obtida a partir de duas figuras com relevo neste contexto: o doente e o médico. Possibilitando uma construção do início e da progressão da doença em cada individuo estudado, tendo em consideração alguns fatores externos à doença, potencialmente influenciadores da progressão da mesma e das suas consequências clínicas (ex: fraturas de fragilidade) e de qualidade de vida, como sejam o seu contexto familiar, socioeconómico, cultural e geográfico.

Viviana Tavares, afirma ainda que “segundo evidências científicas, o estilo de vida pode efetivamente mudar o rumo dos acontecimentos, numa ou noutra direção, pelo que este trabalho visa constituir não só mais uma contribuição para o incremento do conhecimento nesta área, mas também instituir-se como um instrumento de consciencialização da população para a relevância da adoção de comportamentos e hábitos de vida saudáveis”.

“Existem diversos fatores que predispõem o indivíduo a um risco acrescido de vir a sofrer de Osteoporose, se bem que o facto de este reunir um ou mais desses fatores não significa que venha a sofrer, obrigatoriamente, da doença. Neste sentido, um projeto que procure ser uma ferramenta de prevenção é mais um passo na direção certa” refere António Tirado, presidente da SPODOM.

Segundo Luís Cunha Miranda, presidente da SPR, “este projeto além de contribuir para o conhecimento da prevenção, é crucial impedir uma má evolução da doença, quando já instalada e diagnosticada. A relevância deste projeto passa por dar resposta a dois níveis: pré e pós diagnóstico”.

Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen em Portugal reforça que “a existência de uma Bolsa de Investigação nesta área é um contributo importante para a saúde pública, tendo em conta o impacto a nível da mortalidade, co-morbilidade e qualidade de vida que as fraturas decorrentes da osteoporose representam para os doentes, para os seus cuidadores informais, para o SNS e a Sociedade em geral”.

Da equipa vencedora faz parte Sofia Santos, bióloga do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), Miguel Santos, médico especialista em Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Local (Guarda) e do CIAS, e Cristina Padez, professora Universitária no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra e Coordenadora do CIAS.

A Bolsa de Investigação em Osteoporose é uma iniciativa da Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS), a Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM), a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), com o apoio da Amgen.

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