19 Jul, 2021

Pós-pandemia. Portugueses não rejeitam adoção de consultas online

Os portugueses são a população mais recetiva à realização de consultas médicas em formato não-presencial, segundo uma pesquisa europeia.

De acordo com os resultados do STADA Health Report 2021, os portugueses são os mais recetivos à realização de consultas médicas online em comparação com os cidadãos de qualquer um dos outros países da Europa participantes no estudo e não rejeitam a adoção deste método no período pós-pandémico. O inquérito incluiu mais de 30 mil europeus presentes em 15 países.

“Aproximadamente 4 em cada 5 pessoas em Portugal conseguem imaginar-se a serem tratadas por um médico através de teleconsulta, em caso de determinadas doenças menores ou secundárias”, o que representa uma percentagem de 79% em comparação com a média europeia que assentou nos 57%, referem as conclusões deste estudo.

Sob a justificação da redução do tempo de viagem e de espera, outro terço dos portugueses confirmou estar “preparado para dar uma oportunidade a esta dinâmica”. Ainda, “menos de 1 em cada 10 pessoas em Portugal rejeitaria uma consulta online”, o que representa um resultado muito inferior quando comparado com o registado nos outros países europeus.

Tal como acrescentam os dados, 21% dos inquiridos portugueses confirmou ter realizado algumas consultas médicas via telefone ou virtualmente durante os últimos meses. Só apenas em Espanha e na Polónia as percentagens foram maiores, sendo que a média europeia foi de 14% de adesão a este método.

No entanto, 23% revelam ter “cancelado ou adiado check-ups médicos devido a restrições de contacto ou medo de infeção”. Adicionalmente, “1 em cada 10 revelou ter faltado a consultas de rotina para controlo de doenças crónicas”, o que revela a importância das consultas presenciais para o diagnóstico e tratamento de certas patologias.

De acordo com o estudo, a população nacional “assume-se moderadamente satisfeita” com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e “9 em cada 10 pessoas em Portugal elogiou os médicos, enfermeiros e pessoal hospital”, o que representa a “proporção mais elevada do inquérito”.

“Apesar de ser notável o facto de os portugueses estarem predispostos a experimentar novas abordagens de serviços de saúde, o aconselhamento pessoal por parte de profissionais de saúde prevalece como essencial para enfrentar as limitações de diagnósticos e tratamentos que se evidenciam no período pós-pandemia”, concluiu o diretor-geral da empresa promotora do estudo, Tiago Baleizão.

SO

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