22 Set, 2016

PCP denuncia: centro de saúde de Portel conta apenas com um médico de família

Duas médicas deixaram de prestar serviço no centro de saúde de Portel e o corpo clínico ficou reduzido a "um único médico", que "é manifestamente insuficiente face às necessidades da população, aponta o deputado comunista João Oliveira

Apenas um médico está atualmente a prestar serviço no centro de saúde de Portel, no distrito de Évora. A denúncia é do PCP, que considera a situação é “muito preocupante” e “deve ser resolvida rapidamente”.

“O próprio volume de trabalho é tanto que nem o médico consegue dar resposta às necessidades de prescrição de receituário”, disse à agência Lusa o líder parlamentar comunista, João Oliveira, indicando que “estão a ser passadas receitas com mais de uma semana de atraso”.

Segundo João Oliveira, também deputado eleito pelo círculo de Évora, duas médicas deixaram de prestar serviço no centro de saúde de Portel e o corpo clínico ficou reduzido a “um único médico”, que “é manifestamente insuficiente face às necessidades da população”.

Referindo que se trata de “uma situação muito preocupante”, que “está gerar descontentamento muito grande na população do concelho”, o parlamentar do PCP, que já questionou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, sobre a situação, considerou que a falta de clínicos em Portel “deve ser resolvida muito rapidamente”.

“Sabemos que houve a informação da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo de que já teria sido contactada uma empresa de trabalho temporário para colocar os dois médicos que ali faltam”, assinalou.

O líder parlamentar do PCP admitiu que a contratação temporária possa ser “uma resposta imediata para um problema que é urgente”, mas frisou ser necessário encontrar “uma solução definitiva para a colocação de médicos em condições que não sejam precárias”.

O deputado comunista afirmou que a falta de médicos afeta igualmente o concelho de Mourão, também no distrito de Évora, considerando que, neste caso, “a situação é ainda mais grave, porque faltam médicos já há quase dois anos”.

“Também, neste caso, se exige uma resposta imediata que possa ultrapassar a falta dos dois médicos e uma resposta mais definitiva, com abertura de vagas e novo concurso, caso as baixas médicos se prolonguem durante muito mais tempo”, disse.

A falta de médicos em Portel e Mourão levou João Oliveira questionar o ministro da Saúde sobre quais as medidas imediatas está a pensar tomar e em que prazo e quais são as perspetivas de solução definitiva dos problemas.

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