9 Mai, 2017

Papel das biópsias líquidas vai ser discutido no “Porto Cancer Meeting”

O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) realiza na quinta e sexta-feira o “Porto Cancer Meeting” que promoverá uma discussão sobre o papel que a biopsia líquida pode desempenhar no diagnóstico, monitorização e tratamento de doentes oncológicos

A organização do encontro explicou hoje à Lusa que “o objetivo fundamental é que a biopsia líquida, que consiste na recolha de material genético circulante, possa substituir as biopsias tradicionais, que são muito invasivas e menos acessíveis, e identificar assim o melhor tratamento possível para cada doente”.

A biopsia líquida “tem vindo a assumir uma importância crescente como abordagem para a caracterização tumoral. O rápido desenvolvimento de tecnologias de última geração, altamente sensíveis e precisas, dotou os investigadores de ferramentas para analisar o papel dos biomarcadores na saúde, na doença e na resposta ao tratamento”, salienta o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), em comunicado.

“Com a biopsia líquida é possível isolar o ADN tumoral de cada doente oncológico (através de uma análise ao sangue), identificar as suas características únicas e, deste modo, perceber o que o torna sensível ou resistente a tratamentos muito concretos. E, ao mesmo tempo, ir monitorizando com mais precisão a reação do doente aos tratamentos e alterá-los sempre que necessário”, sustenta.

O XXIV Porto Cancer Meeting (PCM) contará com a presença, não só de “investigadores de renome em oncobiologia, como também de clínicos especializados e de cientistas da indústria farmacêutica, precisamente com o intuito de integrar diferentes perspetivas sobre o tema (biopsia líquida) e criar sinergias entre a academia, a clínica e indústria”, acrescenta o i3S.

José Luís Costa, André Albergaria e Jorge Lima, os investigadores do i3S que constituem a Comissão Científica do XXIV PCM, destacam a presença dos cientistas Raghu Kalluri (University of Texas MD Anderson Cancer Center, EUA), Emmanuel Antonarakis (Johns Hopkins Sidney Kimmel Comprehensive Cancer Center, EUA) e Caroline Dive (Cancer Research UK Manchester Institute, UK) que trabalham nesta área.

O Porto Cancer Meeting é organizado anualmente pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), que agora integra o i3S, desde 1990.

Consulte o programa:

Portocancermeeting

 

LUSA/SO/CS

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