24 Mar, 2021

Pandemia dificultou deteção da tuberculose

Deteção e o tratamento poderão estar mais difíceis dada a dificuldade de acesso aos cuidados de saúde, alerta a Associação Contra a Tuberculose do Porto.

A Associação Contra a Tuberculose do Porto sublinhou que a deteção da doença e o seu tratamento está “mais dificultado” devido à pandemia de covid-19, sendo “fundamental” manter todas estruturas de apoio em funcionamento.

Quando se assinala o Dia Mundial da Tuberculose a 24 de março, a associação lembrou que, devido ao atual estado pandémico, a deteção da tuberculose e o seu tratamento poderão estar mais difíceis dada a dificuldade de acesso aos cuidados de saúde, bem como ao receio na procura por parte dos utentes.

“Por esse motivo, é fundamental manter em funcionamento as estruturas de resposta à doença, bem como apoiar e seguir de uma forma atenta todos os doentes em risco de abandono do tratamento, muitas vezes associado a baixos rendimentos”, vincou a associação, em comunicado.

Apesar de Portugal ter registado uma diminuição do número de casos de tuberculose, tendo ultrapassado o limite definido como de baixa incidência, esta doença permanece como um dos principais problemas de saúde pública, ressalvou.

Por esse motivo, é necessário a adoção de “estratégias firmes” dirigidas à sua prevenção e controlo, considerou.

Citando dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), a associação referiu que a tuberculose está atualmente concentrada em populações vulneráveis como as pessoas em situação de sem-abrigo, os dependentes de drogas e álcool e os imigrantes.

Para assinalar o Dia Mundial da Tuberculose, a associação do Porto vai promover nas suas redes sociais a campanha “O Relógio está a Contar”, lançada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), salientou.

Esta campanha lembra que faltam menos de dois anos para cumprir as promessas feitas em 2018 de agir sobre os compromissos feitos na reunião de alto nível nas Nações Unidas de erradicação da tuberculose.

Na nota de imprensa, a Associação Contra a Tuberculose do Porto explicou que “O Relógio está a Contar” lembra que a Tuberculose se mantém com uma das doenças infecciosas mais frequentes e como uma das 10 principais causas da morte a nível mundial.

“O Relógio está a Contar” recorda que enquanto esta doença não for erradicada, o mundo regista a morte de 4.000 pessoas por dia.

A campanha diz ainda que é importante duplicar o esforço e mobilizar recursos para erradicar a doença até dezembro de 2022 ou corre-se o risco de perder milhares de vidas para uma doença curável e evitável, salientou a associação.

O Dia Mundial da Tuberculose foi definido em 1982 pela OMS em homenagem aos 100 anos do anúncio da descoberta do bacilo causador da tuberculose, em 1882, por Robert Koch.

 

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