Organização Mundial da Saúde está sem fundos para trabalhar na Somália
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou hoje para a dificuldade em continuar o trabalho mais urgente na Somália, onde mais de 3,3 milhões de pessoas estão em risco de fome, devido à falta de fundos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que as necessidades de saúde mais urgentes na Somália requerem um financiamento de 103 milhões de dólares (94,9 milhões de euros), dos quais apenas recolheu 23%.
A operação da organização visa aliviar os efeitos de uma seca que pelo terceiro ano consecutivo afeta a Somália, onde um conflito também dificulta o acesso da população aos alimentos.
A organização recordou que a fome leva à doença, porque a falta de nutrientes deteriora a saúde das pessoas que ficam mais suscetíveis a infeções, sendo o risco acentuado dado a seca tornar escassa a água potável.
Na Somália, já se registou a pior epidemia de cólera em cinco anos, com 36 mil casos e cerca de 700 mortos nos primeiros cinco meses do ano.
Também aumentaram os casos de sarampo, com 6.500 doentes, dos quais 71% têm menos de cinco anos.
A OMS espera que a situação possa mudar com o resultado da conferência internacional para a Somália que decorre hoje em Londres, para estabelecer uma nova parceria entre a comunidade internacional e o país do Corno de África.
Participam na conferência cerca de quatro dezenas de delegações de instituições como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Liga Árabe, assim como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e o secretário da Defesa norte-americano, James Mattis.
LUSA/SO/CS