27 Jun, 2017

Ordens da Saúde querem ser consultadas para definir vagas nas faculdades

A proposta, que pretende incluir as ordens dos Médicos, dos Médicos Dentistas e dos Psicólogos no processo de definição do número de vagas nas faculdades, foi apresentada na última reunião do Conselho Consultivo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, lembra que “as ordens não são tidas nem achadas” no processo de definição das vagas nos cursos superiores.

“Não é colocar as ordens a decidir, mas sim haver um processo de consulta. São as ordens que fazem o registo dos profissionais e que têm conhecimento do mercado de trabalho ou da realidade da emigração, por exemplo”, sustentou o bastonário dos Médicos Dentistas. No caso dos dentistas, Monteiro da Silva alerta para o aumento anual do número de profissionais, uma evolução que “não acompanha as necessidades do país”.

Também a Ordem dos Médicos tem alertado para o constante aumento de clínicos que ficam sem vaga para a especialidade. Para 2018, 2.466 jovens profissionais candidataram-se a um número provisório de 1.719 vagas, o que significa que mais de 700 ficarão de fora.

“Esta proposta e esta posição foram acompanhadas pelo menos pela Ordem dos Médicos e pela Ordem dos Psicólogos”, indicou Monteiro da Silva, afirmando que houve um bom acolhimento da ideia por parte da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, apesar de a matéria ter de ser decidida pelo Governo.

Segundo a Ordem dos Dentistas, o presidente da Agência explicou no encontro que “deverá existir um diálogo entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Ministério da Saúde”, no sentido de adequar às necessidades do país o número de vagas em medicina dentária, medicina, psicologia e outras áreas da saúde.

LUSA/SO/SF

 

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