OMS lança novo programa para tratar gratuitamente milhares de crianças com cancro
A OMS lançou um programa para fornecer medicamentos gratuitos a crianças com cancro em países de baixo e médio rendimento, começando pela Mongólia e Uzbequistão. A meta é apoiar 5 mil crianças até 2025 e expandir para 50 países, beneficiando 120 mil crianças nos próximos anos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um novo programa para tratar gratuitamente milhares de crianças com cancro em países de baixo e médio rendimento, com o objetivo de aumentar as taxas de sobrevivência.
“Os países que participam na fase-piloto receberão gratuitamente um fluxo ininterrupto de medicamentos de qualidade garantida para o cancro infantil”, explicou a OMS, num comunicado de imprensa.
A Mongólia e o Uzbequistão serão os primeiros, seguidos pelo Equador, Jordânia, Nepal e Zâmbia, segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
Até 2025, cerca de 5 mil crianças deverão beneficiar desta campanha, em pelo menos 30 hospitais destes seis países.
As taxas de sobrevivência ao cancro infantil são frequentemente inferiores a 30% nos países de baixo e médio rendimento (classificação baseada no rendimento nacional bruto per capita), lamenta a OMS.
Em contrapartida, nos países de rendimento elevado, as taxas de sobrevivência rondam os 80%.
“Durante demasiado tempo, as crianças que sofrem de cancro carecem de medicamentos que salvam vidas”, afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Mais seis países foram convidados a aderir ao programa e a organização espera ter 50 participantes dentro de cinco a sete anos, beneficiando cerca de 120 mil crianças.
De acordo com a OMS, cerca de 400 mil crianças desenvolvem cancro todos os anos, a maioria das quais com acesso limitado a recursos médicos.
“Estima-se que 70% das crianças nestas circunstâncias morrem de cancro devido a fatores como a falta de tratamento adequado, a interrupção do tratamento ou a má qualidade dos medicamentos”, explica.
A OMS acrescentou que as entregas gratuitas de medicação continuarão após a fase-piloto e que trabalhará na sustentabilidade do programa.
Este programa é um trabalho conjunto da OMS e do Jude Children’s Research Hospital, em Memphis, nos Estados Unidos, que financiou o seu lançamento com 200 milhões de dólares (194 milhões de euros), segundo a organização.
LUSA
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