5 Jun, 2019

Novo mamógrafo do Hospital de Viana do Castelo

Um novo mamógrafo digital, adquirido através de uma campanha de angariação de fundos, vai começar a funcionar na quinta-feira no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.

Através de uma campanha de angariação de fundos para a aquisição do mamógrafo, em abril pela Liga dos Amigos do hospital de Viana do Castelo (LAHVC), o Hospital de Viana do Castelo já tem o equipamento pronto a começar a ser utilizado já a partir de amanhã, quinta-feira.

“Hoje será ministrada formação aos profissionais e serão realizados alguns ensaios. Na quinta-feira começará a funcionar, quatro dias antes de fazer dois meses sobre o arranque da campanha de angariação de fundos”, declarou hoje o presidente da LAHV, Defensor Moura.

O médico especialista em medicina interna, antigo presidente da Câmara de Viana do Castelo e fundador da Liga, acrescentou que “o preço final do equipamento é de 92.500 euros”.

“Já pagámos 46.250 euros. Temos de pagar o restante até 30 de novembro, sendo necessário continuar a receber donativos”, referiu, manifestando-se “confiante” no sucesso da campanha de angariação de fundos.

Em maio, a LAHV chegou a “acordo com a empresa fornecedora do aparelho para pagar um montante total de 92.500 euros”, dividindo este valor em três pagamentos: “25% com a encomenda, mais 25% quando o mamógrafo estiver instalado e a funcionar, e os restantes 50% até final de novembro”, contou Defensor de Moura.

O novo equipamento vem substituir um outro que avariava com bastante frequência, o que originava “adiamentos de mamografias e de intervenções cirúrgicas programadas, com nefastas consequências para o equilíbrio psicológico das doentes”.

O novo aparelho de mamografia digital, com estereotaxia, “evitará que, todos os anos, mais de 100 mulheres tenham de se deslocar a hospitais ou centro privados no Porto para a realização de biópsias e colocação do arpão de localização pré-operatória dos tumores da mama”.

A Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) é constituída por dois hospitais, o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Além disso, integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população com mais de 244 mil residentes, e conta com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

Defensor Moura realçou que a verba até agora recolhida resultou de “doações de muitas dezenas de beneméritos, cidadãos, empresas e até uma instituição bancária, com montantes que variam desde alguns euros a alguns milhares de euros”.

Defensor Moura reforçou que a campanha de angariação de fundos continua a decorrer de forma a que seja possível obter o valor total do equipamento.

“Portugal está entre os países que têm mais elevadas taxas de sobrevivência na Europa e, em Viana do Castelo, as mulheres têm a mesma elevada expectativa de sobreviver ao cancro da mama”.

No entanto, para que tal aconteça “as mulheres vianenses sofrem muito mais incómodos durante as frequentes viagens que têm de fazer ao Porto e a Braga, muitas vezes com enorme sofrimento físico e psicológico”, especificou, reforçando que “algumas dessas viagens são inevitáveis, como para efetuarem [os tratamentos de] radioterapia, pelo facto de o distrito não atingir, atualmente, o número de habitantes requerido para a instalação desse meio de tratamento”.

Constituída há 38 anos, a Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo já ofereceu diversos equipamentos técnicos a várias unidades de saúde, como aos serviços de urgência, de cirurgia, medicina, cardiologia, pneumologia, obstetrícia, pediatria e imuno-hemoterapia.

A Liga, formalmente constituída em 1981, tem na promoção da dádiva de sangue e no apoio direto aos doentes as suas principais áreas de atividade.

SO / Lusa

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