7 Out, 2016

Novo Centro de Emergências traz maior capacidade para prevenir problemas de saúde pública

O novo Centro de Emergências em Saúde Pública, inaugurado ontem, vai permitir maior capacidade preventiva de resposta e de análise em caso de problemas que possam afetar a saúde das populações

O diretor-geral da Saúde explicou, durante a apresentação pública do novo Centro, que passou a estar congregada no mesmo espaço físico funções e programas que estavam dispersos e que permitem uma monitorização em tempo real de situações de saúde pública.

É possível perceber, por exemplo, quais os hospitais com maior procura, se há resposta por parte dos serviços de urgência e até a quantos doentes foi atribuída determinada cor na triagem de Manchester feita nas unidades hospitalares.

Criado por despacho governamental no fim de setembro, o Centro de Emergências em Saúde Pública que terá como missão emitir alertas, antecipar e identificar riscos.

“[O país] ganhou confiança e capacidade preventiva de resposta e de análise. Vivemos numa sociedade que tem de antecipar os problemas. O mundo hoje é mais perigoso e arriscado e a única forma que temos de evitar os problemas é preveni-los”, declarou o ministro da Saúde aos jornalistas durante a inauguração do espaço do novo centro, na dependência e instalações da Direção-geral da Saúde (DGS).

O despacho que criou esta nova unidade, onde trabalham oito pessoas, referia que não podem ser ignoradas as “as recentes lições, decorrentes das situações geradas por epidemias, quer em Portugal, como aconteceu com o surto de Doença dos Legionários, quer as que constituem emergências de saúde pública de âmbito internacional (..) designadamente Ébola e Zika.

Importa assim “reforçar os sistemas de deteção precoce dessas ameaças, antecipando-as, incrementar a capacidade de monitorização de indicadores e sinais de alerta, promover a comunicação em matéria de resposta e intensificar a respetiva capacidade de coordenação”.

Fazem parte das atividades do Centro antecipar e identificar riscos em saúde pública, emitir alertas, gerir sistemas de vigilância e deteção precoce, bem como plataformas de comunicação face a alertas nacionais ou internacionais, incluindo a receção, análise e emissão de notificações em vários sistemas de alerta.

Cabe ainda ao centro de emergências elaborar planos multissetoriais de preparação e resposta a emergências de saúde pública, promover a realização de exercícios de simulação, colaborar na formação e treino de profissionais de saúde e outros em matéria de prevenção, deteção e resposta a ameaças de saúde pública.

O despacho sublinha que a criação do centro “não implica meios financeiros nem pagamento de quaisquer suplementos remuneratórios ou criação de cargos de dirigentes”.

O Centro é um projeto conjunto da DGS e dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

LUSA

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