23 Jun, 2017

Novas técnicas na área da onco-oftalmologia discutidas em Coimbra

Cerca de 30 especialistas nacionais e internacionais reúnem-se, ao longo de dois dias, nas XXVII Jornadas Internacionais de Oftalmologia de Coimbra, para discutirem novas técnicas e tratamentos da área da onco-oftalmologia e da medicina regenerativa ocular

O diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia de Coimbra (CRIO), Joaquim Murta, revelou que as XXVII Jornadas Internacionais de Oftalmologia de Coimbra, dedicadas à oncologia e medicina regenerativa ocular, terão convidados nacionais, de Espanha, Brasil, Venezuela e Canadá.

Entre os convidados internacionais figuram Alvaro Meana (Oviedo, Espanha), Guillermo Chantada (Buenos Aires, Argentina), Maria Antónia Saornil (Valladolid, Espanha), Miguel Burnier (Montreal, Canadá), Rubens Belfort Jr. (São Paulo, Brasil)e Rubens Belfort Neto (São Paulo, Brasil).

“A escolha destes dois temas tem por finalidade dar conta do nosso trabalho realizado no último ano e meio nesta área e discutirmos novas técnicas e tratamentos, envolvendo mais colegas, através de convidados nacionais e internacionais com grande experiência”, justificou.

As XXVII Jornadas Internacionais de Oftalmologia de Coimbra, dedicadas à oncologia e medicina regenerativa ocular, decorrem hoje e no sábado no Hotel da Quinta das Lágrimas.

De acordo com Joaquim Murta, o Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia de Coimbra (CRIO) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi reconhecido em 2015 como o único Centro de Referência Nacional para Onco-Oftalmologia sendo responsável, desde então, pelo tratamento de tumores oculares: melanomas oculares e retinoblastomas.

“Todos os doentes portugueses com tumores oculares são tratados em Coimbra e já não precisam de ir ao estrangeiro como outrora. Tratamos ainda muitos outros doentes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”, indicou. Em pouco mais de ano e meio foram tratados 70 melanomas oculares, não existindo lista de espera para este tipo de doença, já que o seu tratamento “é prioritário”.

À Lusa, disse que o CRIO está também “profundamente envolvido nas terapias regenerativas da córnea e superfície ocular”, possibilitando a recuperação de visão em doenças que outrora estavam condenadas à cegueira.

“A medicina regenerativa substitui ou regenera células humanas, tecidos ou órgãos com o intuito de restabelecer uma função normal, e poderá ser realizada através de transplantação de órgãos ou de células, após manipulação e proliferação ex-vivo”, acrescentou.

Para esta área da transplantação de tecidos oculares será construída uma sala branca, que deverá estar pronta “até outubro”.

“Vai permitir realizar tratamentos inovadores evitando, mais uma vez, a deslocação dos doentes para o estrangeiro. Na próxima semana será definido se irá localizar-se no CHUC ou na Faculdade de Medicina e será uma forma de aproveitar pessoas com formação internacional em relação a essas técnicas”, concluiu.

LUSA/SO/SF

 

Gedeon Richter

 

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