17 Mar, 2021

Nenhum país europeu cumpre critérios de desconfinamento de Costa

Critérios definidos pelo governo para continuar a desconfinar são exigentes, ao ponto de não serem cumpridos em nenhum outro país europeu.

Nenhum outro país europeu consegue, neste momento, cumprir os critérios de desconfinamento exigidos pelo governo na semana passada, ou seja, ter, no máximo, 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias e um Rt inferior a 1, avança o Jornal de Negócios.

São essas as metas que Portugal está, por agora, a cumprir e que permitem avançar com o plano de reabertura faseada do país. Nos dados registados a 11 de março, Portugal tinha 95,88 casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes. Este valor baixou, entretanto, para os 90 casos por 100 mil habitantes – com o Rt de 15 março (últimos dados disponíveis) a ficar nos 0,83, o que mantém o país na zona verde do gráfico apresentado por António Costa.

Olhando para dados de 11 de março, do Instituto Ricardo Jorge (INSA), percebe-se que a seguir surge a Irlanda, com  149 casos e a Alemanha e Espanha com cerca de 150 casos. Ainda assim, a média europeia fixa-se nos 468 casos por 100 mil habitantes. Republica Checa, Eslováquia, Hungria ou Malta somam os valores mais elevados a 14 dias.

Já em relação ao valor do Rt, o INSA revela que há 11 países da União Europeia com o índice de transmissibilidade abaixo de 1. No entanto, nenhum deles tem menos de 120 casos por 100 mil habitantes. Só a Islândia cumpre este critério (com cerca de 50 casos por 100 mil habitantes) mas tem um Rt de 1,2 – um caso único na Europa mas que pode vir a acontecer em Portugal, como já admitiu o matemático Óscar Felgueiras.

As orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), incluídas no documento sobre as “linhas vermelhas” sobre o desconfinamento definem ainda que a percentagem de testes positivos deverá permanecer baixo dos 4% e que o número de camas ocupadas nas unidades de cuidados intensivos não deverá ser superior a 245. Em Portugal, escreve o Jornal de Negócios, a taxa de testes positivos é de 3,3% e, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, e há apenas sete países europeus que cumprem este critério.

Quanto às camas em intensivos, Portugal tinha ontem (dia 16 de março), 213 pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos.

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