4 Ago, 2021

Na saúde, os privados já empregam quase tanto como o SNS

Após um crescimento significativo nos últimos anos, o setor privado na área da saúde já emprega, em Portugal, cerca de 125 mil pessoas.

Em 2019, o setor privado da saúde empregava 125 mil pessoas, número que se aproxima dos contratados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), o qual contava com cerca de 135 mil trabalhadores de acordo com os dados do mesmo período, revela o Jornal de Notícias.

Segundo defende o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, Óscar Gaspar, a mais recente radiografia do setor privado de saúde mostra a relevância de um setor que tem vindo a ganhar importância e que “por vezes, fica esquecido na suposta guerra entre público e privado”.

De acordo com os dados fornecidos pela Dun & Brastreet/Informa, a pedido do Conselho Estratégico Nacional de Saúde da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), as mais de 28 mil empresas do setor contabilizadas geraram, no mesmo ano, cinco mil milhões de euros de valor acrescentado bruto e entregaram quase 800 milhões de euros ao Estado em impostos.

O estudo também mostra que este setor é particularmente dedicado à medicina clínica especializada em ambulatório, o qual conta com 6926 empresas, e à medicina dentária e odontologia (5962). Ainda, são as mais de três mil farmácias que empregam mais trabalhadores (23 mil).

Apesar de considerar este retrato como sendo “conservador”, uma vez que não engloba centros de investigação, seguradoras e as empresas que asseguram as tecnologias de informação e comunicação do setor, Óscar Gaspar pede ao Ministério da Economia que o setor privado seja visto “como um setor de atividade e não apenas como um fornecedor do Estado”.

“Empregamos 125 mil pessoas, pagamos impostos, fazemos investimentos, somos tutelados pelo Ministério da Saúde, mas também somos entidades da economia”, revelou. Neste sentido, este reforça a importância de se estabelecer “uma estratégia nacional para focar o setor no mercado internacional, reforçando a aposta no turismo médico”.

SO

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