21 Mai, 2018

Morte de Arnaut: Marcelo lembra “lutador pela liberdade e pela democracia”, António Costa lamenta a perda do “pai do nosso SNS”

Presidente da República lembra o "cidadão impoluto", que criou o Serviço Nacional de Saúde, e que "era de uma fidelidade, de uma lealdade, de uma persistência". O primeiro ministro diz que Portugal perdeu "uma grande referência da causa pública".

O Presidente da República lamentou hoje a morte do antigo ministro António Arnaut, lembrando-o como um “cidadão impoluto” que foi um “lutador pela liberdade e pela democracia” e “criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Em declarações aos jornalistas, à saída do quartel dos bombeiros de Vila Nova de Tazem, no concelho de Gouveia, distrito da Guarda, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que António Arnaut foi “proponente de uma reforma do SNS há muito pouco tempo”.

“Eu tive a honra de o condecorar com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e queria, como amigo, recordar com saudade a pessoa e agradecer-lhe tudo o que fez por Portugal”, afirmou o chefe de Estado.

Durante uma visita a vários pontos do concelho de Gouveia, para se inteirar da situação no terreno na sequência dos incêndios de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu António Arnaut como um “cidadão impoluto”, que “foi e é um exemplo de democrata, de lutador pela liberdade, de socialista empenhado na solidariedade social”.

O Presidente da República destacou a forma como o socialista era “sensível à justiça e à solidariedade”, acrescentando: “Daí ser o criador do SNS que é, porventura, uma das expressões máximas da solidariedade social acolhida na nossa Constituição”. “Era de uma fidelidade, de uma lealdade, de uma persistência”, elogiou.

Já o primeiro-ministro, António Costa, considerou que Portugal perdeu “uma grande referência da causa pública” com a morte, hoje, do “pai do Serviço Nacional de Saúde”, António Arnaut.

“Portugal perdeu aquele que é o pai do nosso Serviço Nacional de Saúde, uma grande referência como governante, como deputado e democrata, como grande defensor da causa pública e que nos legou algo que é precioso e que é, seguramente, algo de mais importante que o 25 de Abril nos deixou, que é podermos ter um Serviço Nacional de Saúde que assegura acessibilidade universal tendencialmente gratuita para todos, independentemente das suas possibilidades económicas”, acentuou António Costa à chegada ao aeroporto da Madeira.

António Costa fez esta declaração à chegada à Madeira, onde foi encerrar a cerimónia do Dia do Empresário Madeirense, organizado pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF).

O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e presidente honorário dos socialistas, morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos.

LUSA

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