Marta Temido promete aumentar número de camas em cuidados paliativos

A primeira unidade de cuidados paliativos e pediátricos de Portugal está com poucos recursos para acolher todos os meninos que pedem o seu apoio. A ministra da saúde afirmou resolver o problema em breve.

A Associação Kastelo é a única unidade que presta cuidados continuados e paliativos pediátricos a crianças entre os 0 e os 18 anos na Península Ibérica, e conta com falta de camas para internamentos prolongados.

Este projeto pioneiro em Portugal engloba todas as crianças com patologia crónica e está situado numa casa cedida pelo Centro Hospitalar do Porto. A equipa, com o apoio de alguns parceiros, conseguiu montar a casa de forma a abrigar e cuidar de doenças com patologias crónicas. No entanto, há falta de camas para alocar todas as crianças e jovens que necessitam dos seus cuidados.

Sobre esse assunto e numa visita à associação no âmbito do terceiro aniversário da instituição, localizada em Matosinhos, no Porto, a ministra da Saúde, Marta Temido, perante a questão se havia previsão de aumentar as camas respondeu aos jornalistas: “É esse o compromisso, mais camas em breve”.

Além disso, Marta Temido assumiu que leva desta visita uma “grande lição”, considerando que deveria haver mais projetos destes em Portugal porque considera ser uma iniciativa com “muito potencial e necessária”.

Também a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, partilhou da opinião da ministra. No seu discurso pediu ao Governo para replicar este projeto noutros pontos do país, dada a sua importância para as crianças e famílias com crianças com doenças paliativas.

Perante o compromisso da ministra, a diretora do Kastelo, Teresa Fraga, disse ter ficado feliz, explicando que “a esperança é a única emoção que nos move”, tendo esperança de que a promessa da ministra será cumprida e que, brevemente, verá a “sua casa” com mais camas para “receber mais crianças que precisam de um aumento da qualidade de vida”.

Teresa Fraga revelou ter, atualmente, 20 camas ocupadas e “outras tantas” encerradas.

Desde a sua abertura, a unidade de internamento acolheu 77 crianças e a de ambulatório 64. Os pequenos portadores de doenças paliativas, ou seja, de doenças que não têm cura, podem viver muito tempo e chegar à idade adulta, apesar das limitações graves com que terão de viver no decorrer da sua vida.

Erica Quaresma (com Lusa)

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