27 Nov, 2018

Mais de metade dos diagnósticos de VIH em 2017 foram tardios em Portugal

Portugal mantém uma elevada percentagem de diagnósticos tardios de infeção por VIH, com cerca de metade dos casos detetados no ano passado a mostrarem uma “apresentação tardia aos cuidados clínicos”.

A conclusão consta do relatório anual do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que refere que a percentagem de diagnósticos tardios se mantém “superior à observada na União Europeia”, em especial nos casos entre heterossexuais.

O documento, a que a agência Lusa teve acesso e que é hoje divulgado, salienta que 51,5% dos novos casos de infeção diagnosticados no ano passados tiveram um diagnóstico tardio e que em mais de 30% dos casos a doença já se encontrava avançada.

A proporção é ainda maior quando se analisam os casos em transmissão heterossexual e há diferenças entre homens e mulheres: “Para os casos de transmissão heterossexual a proporção de diagnósticos tardios em homens (65,7%) é significativamente superior à observada para as mulheres (48,4%) e, tal como nos anos mais recentes, os casos em homens que têm sexo com homens são os que apresentam menor proporção de diagnósticos tardios, situação idêntica à reportada noutros países europeus”.

Nos casos de transmissão heterossexual em homens a proporção de diagnósticos tardios atingiu 67,8% nos casos com idades a partir dos 50 anos.

LUSA

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