10 Dez, 2021

Litoral Alentejano. Tempo de espera para cirurgias pode chegar a um ano

Unidade de Saúde tem disponíveis apenas um urologista e um cardiologista, sendo que este último só se desloca ao litoral alentejano uma vez por semana.

Há utentes da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) que esperam um ano para ter uma cirurgia de especialidade, revela a comissão de utentes da região. Em média, o tempo de espera nesta unidade hospitalar assenta nos sete meses, denuncia o Correio da Manhã.

“Não é aceitável só ter um médico cardiologista para 100 mil utentes e apenas uma vez por semana, já que o especialista vem de Lisboa. Não é também normal só ter um urologista para toda a população”, critica, ao CM, a comissão de utentes representada por Mariano Paixão.

Além da falta de médicos destas especialidades, também a escassez de médicos de família nesta região contribui para a “rutura” dos recursos de saúde. Os utentes da Extensão de Saúde de Canal Caveira, em Grândola, não têm médico de família há três meses.

“O suposto era o médico deslocar-se, no mínimo, uma vez por semana às instalações, mas há seis meses que nenhum aparece”, denuncia Mariano, acrescentando que com o próprio “fecho do serviço de Urgência básica de Grândola, a população não tem soluções”.

A unidade de saúde esclarece que há 4423 utentes a aguardar consultas e que o tempo médio de espera é de 86 dias. Quanto à realização de cirurgias, aguardam 1192 doentes.

Com base nestas condições, a comissão de utentes está a fazer um abaixo-assinado, o qual vai ser entregue ao hospital do Litoral Alentejano e ao Ministério da Saúde.

SO

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