3 Set, 2021

Leucemia Linfocítica Crónica: a forma mais comum da doença

Associações destacam importância da adoção de um papel ativo por parte dos doentes diagnosticados com este tipo de carcinoma.

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) unem-se para lançar um alerta para a leucemia linfocítica crónica (LLC), a forma mais comum de leucemia nos adultos. Esta representa cerca de 30% dos casos entre este grupo de doenças.

 “A LLC resulta de uma proliferação dos linfócitos adultos, em geral da linhagem B. Há uma população dessas células, a que se dá o nome de clone (dado que derivam todas da mesma célula inicial), que escapa aos mecanismos de controlo da multiplicação celular e, por esse motivo, vai-se acumulando progressivamente no organismo”, explicou o presidente da APCL, Manuel Abecasis.

Segundo acrescenta, apesar de entre 50 e 70% dos doentes com a patologia não apresentar quaisquer sintomas quando diagnosticados, é possível identificar algumas queixas comuns como “cansaço fácil, infeções respiratórias, aparecimento de nódulos, que resultam de gânglios linfáticos aumentados de volume, febre, perda de peso e outras queixas inespecíficas”.

Na maior parte dos casos, a vigilância ativa é a primeira abordagem à gestão da doença, na qual os doentes devem, assumidamente, desempenhar um papel ativo. De acordo com a presidente da APLL, Isabel Barbosa, é fundamental que estes “tenham conhecimento sobre a sua doença e a sua possível evolução, que sejam informados de novos tratamentos e alertados para a necessidade de contactar a sua equipa de profissionais de saúde, em caso de alterações de saúde”.

Tendo em consideração que “há um melhor conhecimento da doença e do seu comportamento e mais medicamentos disponíveis para o tratamento”, como a imunoterapia, Manuel Abecassis destaca ainda que, para muitos doentes, é possível manter uma vida quotidiana sem grandes alterações.

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