10 Ago, 2018

Investigadores desenvolvem modelo neurocelular em 3D

Investigadores do iBET (Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica) e ITQB NOVA (Instituto de Tecnologia Química e Biológica Universidade Nova de Lisboa) desenvolveram um modelo neurocelular com características biológicas específicas próximas das humanas que perspetiva novas abordagens de tratamento de doenças neurológicas.

Investigadores desenvolvem modelo neurocelular em 3D

A equipa de investigação envolvida no estudo © ITQB NOVA

Segundo um comunicado, os investigadores pretendiam “aperfeiçoar as ferramentas disponíveis para estudar com maior rigor a importância do ambiente em que as células se encontram no cérebro para o seu desenvolvimento e identificar problemas específicos que são relevantes nas doenças como Parkinson ou Alzheimer e outras neurodegenerativas”.

Para o seu estudo, os investigadores desenvolveram modelos celulares em 3D – neuro-esferóides – que permitem manter as células estaminais humanas em cultura durante vários meses num ambiente altamente controlado dos biorreatores. A equipa de investigação verificou que este processo de desenvolvimento de células num ambiente controlado faz com que sejam capazes de gerar matriz semelhante à zonas específicas do cérebro.

“Sabemos que o ambiente que envolve as células cerebrais tem um papel importante em doenças neurodegenerativas, em lesões cerebrais e noutras patologias do foro neurológico. Estamos agora a entrar numa nova fase em que estamos a aplicar o nosso modelo para estudar aspetos destas doenças que não conseguíamos abordar com outros métodos”, afirma Catarina Brito, investigadora principal da Unidade de Tecnologia de Células Animais do iBET/ITQB NOVA e líder deste estudo, citada em comunicado.

A mesma nota avança que nesta fase, os investigadores estão a aplicar este modelo a uma doença genética rara, a mucopolissacaridose tipo VII, utilizando células dos doentes para observação.

Este estudo foi realizado em colaboração próxima com Paula Alves, coordenadora da mesma Unidade e CEO do iBET, e com a participação importante de investigadores das Universidades de Colónia e de Göttingen, na Alemanha.

Os resultados foram publicados na revista Stem Cell Reports.

Saúde Online 

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