18 Jun, 2021

Hospitais públicos trataram mais de 10 mil doentes em casa

Internamento em casa acelerou este ano de modo a libertar camas nos hospitais. Apenas quatro instituições ainda não aderiram

Desde outubro de 2018, a hospitalização domiciliária já abrangeu mais de 10 mil pessoas, sendo que a pandemia foi um potenciador na abertura de camas no domicílio, de modo a libertar as instituições. Das 38 instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), só quatro é que ainda não avançaram com a hospitalização domiciliária.

O projeto de hospitalização em casa iniciou-se em 2018 e já tratou 10 219 doentes em casa, sendo que 4876 foram tratados em 2020. Este ano impulsionou o método de hospitalização, pois era necessário libertar camas nos hospitais para tratar de doentes com covid-19. O diretor do Programa Nacional de Hospitalização Domiciliária, Delfim Rodrigues, afirmou ao Jornal de Notícias que “entre janeiro e abril de 2021, tínhamos tratado 2019 doentes, contra 1529 em abril de 2020”.

Durante a pandemia, o “Plano da Saúde para o Outono-Inverno”, da Direção-Geral da Saúde, previa o incremento da hospitalização domiciliária para evitar que os doentes contraíssem a infeção por covid-19. O responsável destacou que os objetivos foram “claramente cumpridos”, e “neste caso, a pandemia não foi um constragimento, foi, de facto, um catalisador”.

Delfim Rodrigues explicou ainda que o tratamento domiciliário arrancou com duas unidades do SNS – Hospital Garcia de Orta, em Almada e o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, mas hoje em dia já fazem parte do projeto 34 unidades hospitalares. Estão ainda de fora o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes, o Hospital de Braga, o Centro Hospitalar de Coimbra e a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

O custo do tratamento de um doente em regime domiciliário é entre 30 a 40% inferior ao internamento convencional.

SO

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