19 Fev, 2020

Hospitais de São João e Santo António no Porto recebem apoio da Liga contra o Cancro

Liga vai acolher e apoiar de forma gratuita doentes e famílias e apostar na formação de profissionais e população em geral.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte vai apoiar os doentes oncológicos dos hospitais de São João e Santo António, no Porto, fruto de um protocolo entre as três instituições.

A Liga tem estado sempre “muito ligada” ao Instituto Português de Oncologia (IPO), mas atualmente o cancro também é tratável em grande parte dos hospitais, nomeadamente nos centrais, daí a importância do protocolo, assinado na terça-feira, 18 de fevereiro, na Ordem dos Médicos – Secção Regional do Norte, no Porto, disse à Lusa o presidente da Liga, Vítor Veloso.

Neste âmbito, a Liga vai acolher e apoiar, de forma gratuita, os doentes oncológicos e respetiva família seguidos nestas duas unidades hospitalares.

Além do apoio social prestado aos doentes, que passa por ajudar economicamente os mais carenciados na aquisição de medicação ou pagamentos de faturas de água, luz ou transportes, a Liga vai também facultar consultas de psico-oncologia extensíveis à família e profissionais de saúde.

Vítor Veloso explicou que em situação de doença oncológica não é só o doente que fica instável emocionalmente, mas as pessoas que o rodeiam, daí a abrangência da consulta.

Apoio jurídico é outra das possibilidades a que os doentes poderão ter acesso, ajudando-os a “reclamar aquilo a que tem direito” e não permitir que esses direitos sejam “atropelados”, referiu. No último ano, a Liga resolveu mais de mil casos, sublinhou o responsável.

Vítor Veloso contou ainda que estes doentes poderão frequentar o centro de acolhimento, sobretudo aqueles que fazem radioterapia em ambulatório e que não carecem de assistência médica.

As três instituições irão ainda realizar formação conjunta destinada à população e profissionais, assim como investigação que é “tão necessária” nesta área, frisou.

Estas medidas contribuirão para que as instituições se articulem e consolidem uma política centrada no apoio e monitorização ao doente oncológico, durante as diferentes fases do processo de tratamento e reintegração social, considerou.

O objetivo é apoiar os doentes oncológicos e famílias zelando pela satisfação das suas necessidades e por uma sobrevivência com qualidade de vida, bem como apoiando os profissionais de saúde na prossecução do seu trabalho, vincou Vítor Veloso.

No futuro, o presidente contou que quer alargar este protocolo a hospitais do interior do país, que estão “extremamente carenciados” neste setor.

RV/Lusa

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