4 Ago, 2021

Hipotiroidismo. Grande parte dos doentes falha no tratamento

O inquérito promovido revela que nem todos os doentes com hipotiroidismo tomam a medicação prescrita, o que pode comprometer o respetivo controlo dos sintomas.

De acordo com um estudo nacional realizado para a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), existe uma grande porção de portugueses diagnosticados com hipotiroidismo que não cumprem a sua medicação, o que coloca em risco o tratamento da sua disfunção e da respetiva saúde.

“O cumprimento da medicação é essencial para que os doentes possam viver sem sintomas”, defendeu a presidente da direção da ADTI, Celeste Campinho. Neste sentido, “estas falhas podem pôr em causa o tratamento. Por isso, quisemos realizar este estudo para ver como podemos melhorar a vida das pessoas que vivem com estes distúrbios”.

De acordo com o inquérito, o qual contou com a participação de 720 pessoas diagnosticadas com esta deficiência a nível de produção das hormonas tiroideias, 53% dos participantes afirmou não se esquecer de tomar os fármacos prescritos. No entanto, cerca de 27% reconheceu que se esquece menos de uma vez por mês, 11% declarou que o seu desleixo ocorre algumas vezes por mês e 6% confirmou que o seu esquecimento é quase diário.

Do total de pessoas que reconheceu a existência de falhas no cumprimento do tratamento para o hipotiroidismo, 52,1% afirmam não haver um motivo específico para este esquecimento. Por outro lado, 27,4% defendem que este resulta de uma perturbação da sua rotina ou do facto de não terem acesso ao medicamento no momento da toma. Já 15,3% afirmou que a falta de cumprimento está associada à sua incapacidade de respeitar os requisitos de ingestão de comida/bebida.

Relativamente aos sintomas da doença, 67,8% confirmou que o cansaço ou falta de energia são incomodativos, sendo que 56,4% referiu o aumento do peso como um dos principais sinais da sua disfunção. Já 55,4% referirem a presença de ansiedade/nervosismo, problema seguido da irritabilidade (47,5%) e do mau humor ou depressão (46,4%).

A necessidade de mais informação também foi destacada, já que 42,5% dos inquiridos afirmaram ter recebido pouca ou nenhuma informação a respeito dos efeitos secundários do medicamento ou suplemento alimentar que tomam.

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