11 Dez, 2018

Famílias gastam cada vez mais em Saúde por causa das “restrições no acesso ao SNS”

Despesa direta das famílias na saúde em consultas, exames ou medicamentos está a aumentar, ao contrário do que acontece na OCDE. Conselho de finanças públicas justifica com a evolução com "restrições no acesso ao SNS".

A despesa direta das famílias para a saúde aumentou de 25% em 2000 para 27,2% em 2017. É uma das conclusões da publicação ocasional que o Conselho de Finanças Públicas divulga, e em que faz uma caracterização do sistema de saúde português e uma comparação com os sistemas de saúde de outros países da OCDE.

Para estas contas são apenas consideradas as despesas em consultas, exames, medicamentos. Fora desta contabilização fica o que famílias pagam em impostos, que são depois direcionados para o sistema de saúde. O documento frisa que estes valores indicam “uma cada vez maior participação” das famílias na totalidade do sistema de saúde português, tal como sucede com a restante despesa corrente privada.

O documento considera que um aumento do rácio da despesa privada em saúde “sugere a existência de restrições efetivas no acesso da população aos cuidados de saúde disponibilizados no Serviço Nacional de Saúde”.

“O rácio da despesa corrente privada em relação à despesa corrente total passou de 29,5% em 2000 para 33,4% em 2017”, sublinha o documento do Conselho das Finanças Públicas.

O documento assinala que Portugal mostra um comportamento divergente da média dos países da OCDE, onde a despesa corrente privada no Produto Interno Bruto (PIB) desceu 2,2 pontos percentuais, passando de 29,1% em 2000 para 26,9% em 2017. Ou seja, ao contrário de Portugal, nos países da OCDE a despesa das famílias em saúde tem vindo a diminuir.

Saúde Online / LUSA

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