9 Abr, 2019

FAMA: Formação intensiva de aconselhamento à mulher

No próximo dia 13 de Abril, Lisboa vai receber mais uma ação de formação FAMA, uma iniciativa da farmacêutica Gedeon Richter, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Contraceção e a Ordem dos Farmacêuticos. A participação é gratuita. Inscreva-se!

Lisboa foi o palco escolhido para receber, no próximo dia 13 de Abril, mais uma ação de formação FAMA, uma iniciativa da farmacêutica Gedeon Richter, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Contraceção e a Ordem dos Farmacêuticos.
Esta edição, que se segue a outras já realizadas de Norte a Sul do País, conta com a presença de destacados especialistas, de diferentes áreas do conhecimento, com impacto relevante para a atividade dos farmacêuticos comunitários, profissionais a quem esta formação é especialmente dirigida.

A Dra. Maria Geraldina Casto, da Seção de Uriginecologia da Sociedade Portuguesa de Ginecologia abrirá a sessão formativa, com o tema FAMA III – Candidíase e vulvovaginites, por demais relevante já que, muito frequentemente, é o farmacêutico comunitário o profissional a quem a mulher primeiro recorre em busca de conselhos quando afetada por estas condições.
Na sua apresentação, a médica da Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, abordará a clínica da vulvovaginite por Candida albicans, a prevalência, fatires de risco e meios de diagnóstico e terapêutica. Defender-se-à a importância de um diagnóstico diferencial correto, tão precoce quanto possível e os cuidados a ter na presença de vulvovaginite por Candida, um problema muito comum – é a segunda vulvovaginite mais frequente –  mas que, em alguns casos, pode ser difícil de eliminar.

Serão ainda abordadas outras vulvovaginites de origem infeciosa e a Vaginose bacteriana, a causa mais frequente de vulvovaginite. “É muito importante sabermos fazer um diagnóstico diferencial entre a vulvovaginite por Candida e a vaginose bacteriana, facilmente confundidas, por apresentarem sintomatologia sobreponível, mas que são tratadas de forma diferente, sublinha a especialista, que acrescenta: “E saber, também, quando devemos referenciar ao médico”.

A Candida albicans é um fungo comum da flora vaginal, estando naturalmente presente em 20% mulheres. Desta forma, ter Candida albicans a colonizar a região genital não significa necessariamente que a mulher terá a doença candidíase. De facto, a sua presença, em si, não representa nenhum perigo para pessoas saudáveis. A candidíase doença só surge quando a população de fungos a colonizar a pele aumenta demasiadamente. Uma proliferação que pode ser estimulada pelo uso de antibióticos, anticoncecionais com elevada carga hormonal, diabetes, alterações do sistema imunológico, uso de glicocorticoides, entre outros.

Outro aspeto a ter em conta, é a possibilidade de se tratar de uma candidíase complicada, definida como sendo recorrente, com 4 ou mais episódios por ano, ser provocada por candida, que não albicans, como por exemplo Candida Grabata.

A segunda intervenção do treino intensivo FAMA estará a cargo do Farmacêutico e docente universitário Hipólito Aguiar, que abordará “A diferenciação do produto/serviço pelo preço”. O também apresentador televisivo fará uma breve avaliação da situação atual das farmácias no contexto económico, procurando de seguida dar ferramentas aos participantes para poderem realizar uma redefinição estratégica da sua atividade comercial. Far-se-á igualmente uma abordagem às formas tradicionais de diferenciação, e focar-se-á o caso da diferenciação pelo produto e serviço baseado no fator preço.

Contraceção de emergência: o papel essencial do Farmacêutico

 

A Intervenção da Doutora Maria João Carvalho, médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e membro da Sociedade Portuguesa de Contraceção, centrar-se-á na importância da atuação do farmacêutico comunitário, enquanto profissional de saúde mais próximo da população, no apoio à decisão informada das mulheres que a ele recorrem nas situações de risco que recomendam o recurso à Contraceção de Emergência (CE) como última oportunidade de prevenir a gravidez após uma Relação Sexual Não Protegida (RSNP). Um problema de saúde pública de primeira grandeza.

“Na contraceção de emergência, os farmacêuticos desempenham um papel fundamental. A farmácia é a porta que está aberta. Muitas vezes, a única!” E é também aquela em que o atendimento por um profissional de saúde é mais imediato, defende Maria João Carvalho, para logo acrescentar: “não é fácil ir a uma urgência hospitalar e esperar horas. Até porque frequentemente, as mulheres não o fazem porque têm dúvidas se estarão ou não em risco. Muitas vezes não têm a certeza e entram pela farmácia diretamente a pedir o medicamento. Isto porque, muito embora se saiba que o esquecimento de um comprimido não acarreta riscos, a mulher pode estar insegura”, explica a especialista.

Por outro lado, acrescenta, “a aquisição da contraceção de emergência é também a ponte para um método contracetivo regular, que é muito mais eficaz, que pode e deve ser escolhido com recurso a aconselhamento informado que os farmacêuticos comunitários podem prestar”.

Finalmente, Alexandre Monteiro, que se apresenta como especialista em decifrar pessoas, irá partilhar com os participantes, algumas dos conhecimentos que adquiriu ao longo da última década sobre o comportamento humano, designadamente, sobre o significado de padrões comportamentais, sinais não-verbais e verbais no dia-a-dia e otimizar comportamentos para atingir melhores resultados na negociação e também nas relações profissionais e pessoais.
O objetivo da palestra é, confessa, ensinar os participantes a “usarem a arte de decifrar pessoas no dia-a-dia e o mais rápido possível de modo a que possam decifrar e influenciar pessoas com maior eficácia e ainda otimizar as suas competências profissionais e pessoais”.

O projeto FAMA tem por objetivo desmitificar conceitos e clarificar os farmacêuticos e técnicos de farmácia sobre temas com os quais têm de lidar no seu dia-a-dia.

A participação é gratuita, devendo no entanto ser confirmada através do e-mail: richterpt@gedeonrichter.eu .

No ato de inscrição deverá indicar: o nome, nº de ordem ou nº carteira profissional. Se desejar pode incluir o nº de telefone para receber mais informações.

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