13 Abr, 2017

Falta de médicos na urgência pediátrica e neonatologia de Évora preocupa Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda (BE) mostrou-se preocupado com o funcionamento da urgência pediátrica e do serviço de neonatologia do Hospital Espírito Santo de Évora (HESE), por alegada falta de médicos

Em declarações à agência Lusa, o deputado do BE Moisés Ferreira afirmou que a unidade hospitalar alentejana “tem vários pediatras, mas muitos já têm mais de 50 anos e outros já mais 55”, o que significa que “alguns não são obrigados a fazer urgências”.

“Como muitos pediatras estão nesta situação, há a preocupação da garantia do serviço, nomeadamente a urgência pediátrica e o serviço de neonatologia”, disse, lembrando que os médicos com mais de 50 anos podem pedir dispensa de urgências noturnas e os com mais de 55 podem recusar trabalhar nas urgências.

A falta de médicos foi um dos assuntos abordados numa reunião, realizada esta semana, entre o deputado bloquista, elementos do Secretariado Distrital de Évora do BE e a administração do HESE.

O parlamentar referiu que, até agora, “não tem havido problemas de maior”, porque o hospital “recorre sempre que necessário a empresas prestadoras de serviços para a colocação de médicos”, mas considerou que “esta não é a melhor solução”.

“O recurso a empresas de prestação de serviços pode ser feito de forma excecional, mas não pode ser um recurso regular, porque os médicos que são colocados através destas empresas não criam equipa e isso traz problemas à própria organização do serviço”, disse.

Nesse sentido, Moisés Ferreira prometeu apresentar iniciativas parlamentares para repor o valor pago aos médicos por hora extraordinária e, com isso, fazer com que mais médicos façam urgências e medidas para fixar os internos nos hospitais onde se formam, sobretudo, no interior do país.

O deputado bloquista realçou que “não é por existir no horizonte a construção de um novo hospital que o atual tem que ficar estagnado”, defendendo “mais investimento para aumentar a capacidade de resposta”.

“É necessário um investimento para o hospital ter mais duas salas de bloco operatório, porque as salas que atualmente existem estão bastante lotadas, e, assim, teria capacidade para fazer mais cirurgias e reduzir as listas de espera”, advertiu.

A Unidade de Neonatologia do HESE, com cuidados intensivos e a funcionar 24 horas por dia, é a única do Alentejo.

LUSA/SO/SF

 

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