Encontro de Outono. “Pode esperar-se um encontro formativo, inovador e transformador da educação médica”
O Encontro de Outono da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) vai decorrer entre 21 e 23 de novembro, em Fátima. Mário Santos, membro da comissão organizadora, destaca o que diz ser “uma oportunidade formativa centrada no participante”.
O que se pode esperar do Encontro de Outono?
No Encontro de Outono pode-se esperar um acontecimento formativo inovador e transformador da educação médica do nosso país. Estamos empenhados em proporcionar uma experiência formativa distinta e produtiva, apoiada num programa científico rico e abrangente, que irá ao encontro das necessidades educativas dos médicos de família.
Quais as mais-valias ao juntarem, num único evento, o encontro dos internos e jovens médicos de família e o dos grupos de estudo?
Reunir cinco comissões de internos e 16 grupos de estudo (GE) no Encontro de Outono permite concretizar alguns dos objetivos importantes da atividade da APMGF, dos quais destaco: a oportunidade de fomentar o diálogo interno entre os Grupos de Estudo e as Comissões de Internos, estimulando a interdisciplinaridade e o trabalho colaborativo entre colegas. Outras mais-valias serão a partilha das boas práticas e a promoção do desenvolvimento profissional de todos os médicos de família, independentemente da sua formação, experiência profissional e local de exercício.
“O participante poderá selecionar, dentro da oferta diversa dos conteúdos programáticos, os temas do seu interesse e elaborar um road map formativo”
Vão ser abordadas várias temáticas. Além das sessões teóricas, vão decorrer sessões mais práticas?
Os colegas podem participar em sessões teóricas, oficinas práticas e sessões teórico-práticas. O trabalho até agora realizado entre todos os intervenientes do Encontro faz-nos antever um evento de elevada qualidade técnico-científica, com especial enfoque na prática clínica. Destaco alguns temas que serão alvo de sessões práticas: o “Workshop Pé Diabético”; os “Desafios práticos em insulinoterapia”; o “Consumo excessivo de álcool – estratégias práticas em consulta”; o “Ponto a Ponto: Workshop de Sutura para Médicos de Família”; o “Desdramatizar a abordagem da ideação suicida em MGF”. Realço também a aposta na formação em ecografia point of care, que vai permitir uma prestação de cuidados mais eficiente à população e melhorar a acessibilidade a cuidados mais diferenciados, sobretudo em zonas de baixa densidade populacional.
Os participantes vão poder elaborar um road map formativo. Em que consiste?
Este Encontro será uma oportunidade formativa centrada no participante. Foi pensado um programa científico abrangente com diferentes métodos de aprendizagem e contextos formativos. O participante poderá selecionar, dentro da oferta diversa dos conteúdos programáticos, os temas do seu interesse e elaborar um road map formativo. Isto é, poderá construir um plano formativo personalizado, tendo em conta as suas necessidades educacionais e o seu estilo preferencial de aprendizagem.
Além das sessões teórico-práticas, há outros momentos que gostasse de destacar?
Fátima, em outono, será o lugar e o tempo de encontro dos médicos de família. Para além das sessões teóricas e oficinas práticas já mencionadas, realço os simpósios e destaco um aspeto que a comissão organizadora valoriza e tem trabalhado para este Encontro: proporcionar um ambiente colaborativo de aprendizagem, que favorece o networking, o convívio e a troca de experiências. Neste habitat informal e familiar, temos boas expectativas de conseguir chegar às pretensões educacionais do maior número de médicos de família.
MJG
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