12 Nov, 2018

Enabling Innovation: Atuar a longo prazo e unir forças para inovar

Reunião que juntou dezenas de agentes da saúde em Portugal no Campus da Nova SBE, em Carcavelos, a convite da farmacêutica Takeda, produziu um conjunto de conclusões que poderão ser relevantes para a valorização do ecossistema de saúde em Portugal

Destaque para o consenso em torno do facto de que a inovação tem de ser feita em conjugação com diferentes operadores, mas também que a inovação leva tempo e tem de ser trabalhada numa perspetiva de longo prazo.

O encontro, que tinha por objetivo discutir oportunidades de inovação no setor da saúde, contou com a participação de Nadim Habib, Mestre em Economia e reconhecido orador nas áreas de estratégia, inovação que deixou várias recomendações para o futuro. “Numa altura em que se verifica uma transferência de talentos da área da ciência para a tecnologia e a gestão, temos que recolocar a medicina e as ciências farmacêuticas como a prioridade destes talentos; temos de ser criativos e inovadores, para incentivarmos os jovens e os novos profissionais a alimentarem a sua paixão pela ciência.”

 

Nadim Habib, Mestre em Economia

 

Por sua vez, Dominika Kovacs, Country Manager da Takeda, afirmou que “o conhecimento atual é vasto e está disperso, por isso, é impossível uma entidade reunir em si mesmo todas as condições para fazer progressos significativos na área da ciência. Há-que ter a humildade de perceber que isso só se consegue através de parcerias. É indiferente se somos líderes ou participantes desse processo. O importante é o benefício que podemos levar aos doentes.”

Por outro lado, e de acordo com Nadim Habib “para haver um sistema de saúde mais equilibrado, do ponto de vista financeiro e de serviço, é preciso ir além da ciência e colocar as comunidades beneficiárias no centro da equação. No fundo, elevar o conhecimento em saúde das populações e coloca-las a refletir e a contribuir para a valorização do ecossistema.”

Dominika Kovacs, Country Manager da Takeda Portugal

Uma mensagem que foi corroborada por Dominika Kovacs, que aproveitou para nomear o projeto Life Enablers como um desses exemplos, deixando também rasgados elogios ao Sistema Nacional de Saúde Português e aos profissionais do setor. “Nestes primeiros três meses de residência em Portugal, já tive oportunidade de conhecer vários hospitais e unidades de saúde, bem como médicos e executivos do setor e posso dizer que tenho ficado muito impressionada com a qualidade da infraestrutura, mas acima de tudo com o conhecimento e capacidade das pessoas que nelas trabalham. Estou convencida de que existem todas as condições para fazer de Portugal um país recetor de mais ensaios clínicos e de soluções inovadoras, que vão com toda a certeza enriquecer o Serviço Nacional de Saúde, que é um exemplo internacional, do qual se devem orgulhar.”

No âmbito do encontro foi também conhecido o vencedor do projeto Life Enablers, dirigido a estudantes universitários e recém-licenciados, que foram desafiados a apresentar e desenvolver ideias para melhorar a qualidade de vida dos doentes nas áreas de intervenção da Takeda – Cancro do Pulmão, Doença Inflamatória Intestinal e Doenças Hemato-oncológicas. Trata-se da equipa EBIMed, formada por quatro estudantes de Engenharia Biomédica, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que receberam 4.000 euros para desenvolver o C-MO, um aparelho de monitorização da tosse, que pretende facilitar a monitorização do sintoma e, consequentemente, o diagnóstico dos clínicos. A iniciativa atribuiu igualmente uma Menção Honrosa ao projeto SPIRO, que se traduz numa APP para facilitar a monitorização da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.

Recorde-se que a Takeda é uma companhia farmacêutica de cuidados especializados, focada no desenvolvimento de terapêuticas para necessidades não atendidas.

COMUNICADO

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