Em 2016 o número de mortes por eutanásia na Holanda aumentou 10%
De acordo com o relatório anual das comissões regionais para a eutanásia, 87% das mortes assistidas envolveram doentes com cancro, com problemas graves de coração ou pulmões e com patologias do sistema nervoso
No ano passado, o número de mortes por eutanásia aumentou 10% na Holanda, para um total de 6.091 casos, o que representa 4% dos óbitos no país, segundo um relatório oficial hoje divulgado.
De acordo com o relatório anual das comissões regionais para a eutanásia, 87% das mortes assistidas envolveram doentes com cancro, com problemas graves de coração ou pulmões e com patologias do sistema nervoso.
Em 32 casos, a eutanásia foi praticada a pessoas que sofriam de demência, a maioria em fase inicial da doença, e em 60 situações a morte assistida implicou pessoas com graves problemas psiquiátricos.
A eutanásia foi realizada maioritariamente pelo médico do doente, em casa.
No relatório também são referidos alguns incumprimentos das normas que regulamentam a eutanásia, sendo referido dez casos que não cumpriram corretamente as normas.
A eutanásia é permitida na Holanda sob determinadas condições, como quando o doente tem dores insuportáveis e o médico está consciente de que o paciente tomou uma decisão devidamente informado.
Desde que a lei sobre a eutanásia entrou em vigor, em 2002, surgiram casos que suscitaram controvérsia, como os de um alcoólico grave ou de uma pessoa que tinha a perceção de zumbidos ou ruídos sem haver uma fonte de som externa.
LUSA/SO/CS