“É urgente definir uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de AVC”

O presidente da Portugal AVC, António Conceição, sublinha que a "reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno".

A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos vem, de novo, chamar a atenção para a absoluta necessidade de serem concretizadas mudanças e definidas estratégias nacionais eficazes, como aliás está na recomendação ao Governo, aprovada por unanimidade, através da Resolução da Assembleia da República nº 339/2021 (que “recomenda ao Governo que defina e implemente uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de acidente vascular cerebral”)”.

“A reabilitação de um sobrevivente de AVC está dependente de dois pontos essenciais: os cuidados de fase aguda hospitalares e os cuidados de acompanhamento e de reabilitação. É preciso que se perceba claramente que a reabilitação, além de ser um direito, não é um custo, mas um claro investimento com retorno, que deve ser coordenado e multidisciplinar”, explica António Conceição, presidente da associação, insistindo “ser urgente definir uma estratégia de acesso à reabilitação para sobreviventes de AVC”.

E acrescenta: “Torna-se urgente que a reabilitação privilegie a qualidade e não apenas a quantidade, sem tempos pré-estabelecidos. Tal como o começo deste processo logo após um AVC, pode marcar a diferença entre continuar a ser um cidadão contribuinte ativo, sentindo-se útil à sociedade, ou mais um sujeito passivo da Segurança Social, por largos anos, e com prováveis problemas de saúde decorrentes, também no âmbito da saúde mental, que podem advir”.

A associação promove, também para assinalar o Dia Mundial do AVC (29.out), o “Encontro Portugal AVC – Juntos Para Superar!”, desta vez em Viseu, juntando Sobreviventes de AVC, Familiares/Cuidadores e Profissionais de Saúde, de diversos pontos do país. Abordando temas de interesse comum, como a vida pós-AVC, a reabilitação integral da pessoa, inclusive para o regresso ao trabalho, a acessibilidade e os direitos, e também com diversos testemunhos e diferentes atividades, desde a música ao exercício físico (adaptado para quem é afetado na mobilidade), e a dança inclusiva. Mais informações no site www.portugalavc.pt, onde também pode encontrar o programa completo.

COMUNICADO

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