30 Set, 2021

Doença cardiovascular: o papel das tecnologias de saúde na perceção do risco

Para reduzir o número de eventos cardiovasculares, “é preciso aproveitar o poder da saúde digital”, diz o cardiologista da ADPDP, Pedro Matos.

No âmbito do Dia Mundial do Coração, assinalado a 29 de setembro, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) destaca o papel das tecnologias da saúde na melhoria da perceção das pessoas com diabetes sobre os riscos de desenvolvimento da doença cardiovascular (DCV).

Em comparação com a população não diabética, o risco de ocorrência de DCV duplica em pessoas com diabetes mellitus. Do mesmo modo, uma em cada três pessoas que tem DCV também tem diabetes. Tendo estes dados em consideração, a ADPD associou-se à World Heart Federation na promoção da sua campanha #UseHeartToConnect, a qual procura incentivar as pessoas a conectarem-se e monitorizarem a sua saúde cardiovascular, através das tecnologias disponíveis.

“A doença cardiovascular é responsável por uma redução significativa, quer na qualidade de vida, quer na esperança de vida. Nunca é demais frisar a importância do investimento no controlo dos fatores de risco cardiovascular”, defende o cardiologista da ADPD, Pedro Matos.

Assim, acrescenta, “para que isso aconteça de forma mais sistemática, precisamos de melhorar o acesso das pessoas ao conhecimento e à perceção do risco.  É preciso aproveitar o poder da saúde digital para colmatar a discrepância entre o conhecimento científico e a realidade quotidiana, melhorar o controlo das doenças e a adesão à terapêutica na expectativa de que, no futuro, haja um impacto significativo na redução dos eventos cardiovasculares”.

É, assim, a propósito do Dia Mundial do Coração que a ADP realça a necessidade urgente de gerir, de uma forma mais agressiva, este risco junto das pessoas com diabetes, visto que as DCV são a causa mais comum de morte entre os adultos com diabetes.

Print Friendly, PDF & Email
ler mais
Print Friendly, PDF & Email
ler mais