9 Nov, 2021

DGS reage às críticas e garante que a vacinação da gripe e covid-19 “vai acelerar”

Graça Freitas reforça a importância da vacinação, numa altura em que crescem as dúvidas quando à meta de vacinar todos os idosos até ao Natal.

O processo de administração das vacinas contra a gripe e contra a covid-19 (terceira dose) “vai acelerar” a partir de hoje, garantiu a Direção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado. No entanto, segundo denuncia o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, a meta de vacinar os idosos com idade igual ou superior a 65 anos até 19 de dezembro já não deve ser alcançada, avança o i.

“A DGS recorda que a vacinação contra a gripe e a covid-19 é essencial para minimizar o risco de propagação do vírus SARS-CoV-2 e do vírus da gripe, e para diminuir a ocorrência de doença grave. A vacinação é muito importante especialmente nesta altura do ano”, sublinham, em comunicado.

À SIC, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reforçou a importância da adesão a esta vacinação. “Para entrarmos neste inverno bem, temos que levar duas vacinas”, esclareceu, sublinhando que a DGS “entende ser prioritária a vacinação contra a gripe, tendo sido já vacinadas cerca de 811 000 pessoas e estando aproximadamente 350 000 agendadas para os próximos dias”.

No entanto, são várias as notícias que têm relatado um atraso neste processo, o qual pode estar associado à “baixa taxa de resposta às SMS (50 a 60%) e baixa adesão ao auto agendamento”, razões justificadas pela respetiva “infoexclusão”, relatou uma fonte antiga da equipa da “task-force”.

“É um ritmo muito baixo, um problema grave, que começou a ocorrer depois da saída do coordenador da task-force [Almirante Gouveia e Melo]. A vacinação está órfã”, concluiu Miguel Guimarães, reforçando a sua preocupação com o processo de vacinação simultânea e exigindo uma resposta da DGS.

Em resposta às declarações que denunciam uma “falta de rosto” associada a este processo, Graça Freitas garantiu que vai assumir o plano de inoculação. “Vão ter que se habituar ao meu”, revelou.

Segundo acrescentou, afinal não são 2,5 milhões (população com mais de 65 anos e os 200 mil profissionais de saúde) que podem ser vacinados com a 3ª dose contra a covid-19 até ao próximo dia 19 de dezembro, mas apenas 1,5 milhões que estarão “elegíveis” para serem inoculados com a dose de reforço. O restante milhão deverá ser vacinado “em janeiro, fevereiro”, declarou, sublinhando que “uma vacina não empata a outra”.

SO

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