6 Set, 2021

De que modo os meios digitais impactam a saúde sexual?

“Saúde Sexual e Meios Digitais” intitula o estudo que procurou avaliar o impacto destes meios na sexualidade dos portugueses.

No âmbito das comemorações do Dia Nacional da Saúde Sexual, assinalado a 4 de setembro, a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) apresentou os resultados do estudo “Saúde Sexual e Meios Digitais”, o qual procurou avaliar o impacto dos meios digitais na sexualidade dos portugueses.

Com dados recolhidos entre 19 de agosto e 1 de setembro de 2021, a análise realizada envolveu 411 pessoas que são utilizadores de meios digitais com o propósito de estimularem a sua saúde sexual. Segundo relatam, estes são canais que permitem ver conteúdos sexualmente explícitos, como pornografia, aceder a conteúdos informativos sobre o seu desempenho e o prazer/satisfação sexuais, bem como a sua saúde reprodutiva e conhecer novos parceiros.

Neste sentido, tal como reforçam, é inegável o impacto que os meios digitais têm tido na sua saúde sexual. De acordo com os resultados do estudo, estes tiveram um papel na democratização do acesso a conteúdos sexuais, “facilitando o acesso a informação, a cuidados de saúde online a vários grupos populacionais”, uma vez que também permitem uma sensação de privacidade e garantem o anonimato.

Do mesmo modo, fomentaram a criação de novos processos e a configuração para os movimentos sociais em contexto virtual. Segundo revelam, “estes meios permitem diminuir o isolamento social, permitem conhecer pessoas novas com fins eróticos através de aplicações, promovem a interação social e o sentimento de pertença/comunidade a quem se sente discriminado sexualmente”.

No entanto, estes também são donos de um impacto mais negativo, o qual está associado à “difusão do discurso de ódio, cyberbullying sexual e agressão”, os quais poderão ser motivados pela orientação e identidade ou comportamentos sexuais através do anonimato que as redes permitem. Ainda assim, também “viabilizam a denúncia e o combate, pois tornam a existência do discurso de ódio mais visível”.

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