9 Fev, 2022

Covid-19. Linhagem BA.2 da Ómicron está a crescer em Portugal

Os especialistas estão a acompanhar a evolução desta linhagem da variante Ómicron. No entanto, dados disponíveis sobre a sua transmissibilidade e severidade ainda são escassos.

A frequência da linhagem BA.2 da variante Ómicron do SARS-CoV-2 tem aumentado em Portugal e regista uma maior circulação no Norte, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

“Em Portugal, a linhagem BA.2 foi detetada pela primeira vez em amostras aleatórias por sequenciação na semana de 27 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022. A sua frequência relativa tem aumentado paulatinamente desde então, tendo atingido cerca de 3% na semana de 24 a 30 de janeiro”, refere o relatório do INSA sobre a diversidade genética do coronavírus que provoca a covid-19.

Quanto à BA.1, o relatório refere que, de acordo com os dados de sequenciação, a sua frequência manteve-se acima de 90% desde o início deste ano até à mais recente amostragem referente à semana de 24 a 30 de janeiro. No entanto, os dados atualizados mostram uma tendência decrescente da BA.1 na última semana (87,4% a 06 de fevereiro), “provavelmente relacionado com a circulação da linhagem BA.2”, avança o INSA.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou que os especialistas estão a acompanhar a evolução de várias linhagens da Ómicron, incluindo a BA.2. No entanto, os dados disponíveis sobre a sua transmissibilidade e severidade ainda são escassos.

“Temos uma boa vigilância a nível mundial para entender as subvariantes da Ómicron. Estamos a trabalhar com milhares de especialistas de todo o mundo para rastrear este vírus e as suas linhagens, incluindo a BA.2, para percebermos melhor as alterações”, assegurou a responsável técnica da OMS para a pandemia, Maria Van Kerkhove.

No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, têm sido analisadas uma média de 524 sequências por semana desde o início de junho de 2021, provenientes de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelos Açores e Madeira, abrangendo uma média de 133 concelhos por semana.

LUSA

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