26 Nov, 2021

Covid-19. Algarve é a região com maior taxa de incidência

Bom tempo, mais visitantes e eventos no Algarve podem justificar aumento do número de infeções na região.

Neste momento, o Algarve é a região com maior incidência de covid-19 do país, registando 387 casos por cada 100 mil habitantes. A faixa etária onde se verifica um maior número de casos é a dos 30 aos 39 anos, seguindo-se a dos 50 aos 69, confirmam os dados do mais recente relatório do Infarmed, analisados pelo jornal Expresso.

Ao contrário da tendência observada no resto do país – onde a incidência de novos casos é mais comum entre os mais novos -, além dos surtos em escolas e universidades, no Algarve tem-se verificado um elevado nível de transmissão em festas e convívios familiares, sugere o Infarmed.

De acordo com o coordenador do combate à covid-19 no Algarve, Jorge Botelho, é difícil justificar os dados que indicam esta região como a que apresenta maior incidência para a covid-19 em Portugal. “Não tenho uma explicação”, afirma, sugerindo, ainda assim, “o calor que se fez sentir até muito tarde [início de novembro]”.

O coordenador relembra também os eventos que tiveram lugar na região, como o Portugal Golf Masters 2021 e o Grande Prémio MotoGP, em Portimão, já que estes trouxeram “mais visitantes ao Algarve e pode ter contribuído para a situação atual”.

Jorge Botelho esclarece que a presença de mais pessoas na região tem motivado um “maior número de ajuntamentos e festas” e relembra que “qualquer visitante que acuse positivo, é contabilizado no Algarve, mesmo que cá não resida”, o que pode aumentar o número de casos sem aumentar o número de habitantes.

Ainda assim, apesar do aumento no número de novas infeções – onde Monchique (703 casos por 100 mil habitantes) e Loulé (699 casos por 100 mil habitantes) são as regiões com maior incidência -, a capacidade de resposta do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) não está em risco.

É fundamental “continuar com o processo de vacinação da 3ª dose” e tem de haver “uma maior sensibilização das pessoas para as regras de segurança, como o uso de máscara, a distância social e o uso de gel para as mãos”, sugere Jorge Botelho.

SO

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