Contratos de 4 meses? Sindicato exige vínculos definitivos para enfermeiros
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exige que os contratados no âmbito da pandemia de covid-19 devem ter um contrato por tempo indeterminado.
“Contratos de quatro meses é falta de visão a curto, médio e longo prazo. Exige-se contratos definitivos para todos os enfermeiros admitidos”, sublinhou o SEP numa nota de imprensa, na qual pediu que “a todos os enfermeiros contratados ou a contratar no âmbito da pandemia de covid-19 seja feito um contrato por tempo indeterminado”.
Segundo o sindicato, “os contratos por quatro meses não garantem estabilidade às organizações e impedem as administrações de tomar as decisões, de médio e longo prazo, necessárias para devolver a confiança aos utentes e doentes com outro tipo de patologias”.
O SEP também quer que “todos os enfermeiros contratados em regime de substituição passem para um contrato por tempo indeterminado”, e que “todos os jovens enfermeiros que terminem, durante o ano em curso, a sua licenciatura, sejam imediatamente contratados, nomeadamente, nas regiões de implementação das faculdades de enfermagem”.
O sindicato assinalou que “a ministra da Saúde afirmou publicamente que os contratos dos profissionais serão renovados”. Porém, acrescentou o SEP, “não especificou se essa renovação determinaria a passagem dos contratos a termo resolutivos para contratos por tempo indeterminado”.
De acordo com a entidade, “é assumido pelo Governo que até à existência de uma vacina ou da imunidade de grupo, o país e o SNS [Serviço Nacional de Saúde] continuará a ‘viver’ sob a pressão da covid-19”, por isso, “é imprescindível que o SNS retome o regular funcionamento, ou seja, que dê respostas às cirurgias, às cirurgias de ambulatório, às consultas de especialidades”, entre outras atividades médicas.
SO/LUSA