Consultas nos centros de saúde e hospitais aumentaram este ano face a 2019
No primeiro semestre de 2021, e apesar da pandemia, registou-se um aumento da atividade assistencial do SNS, sobretudo nos centros de saúde.
O número de consultas médicas realizadas no primeiro semestre nos centros de saúde e nos hospitais aumentou em comparação a 2020, segundo dados divulgados, registando-se também um reforço relativamente a 2019, antes da pandemia.
No segundo ano de pandemia da covid-19, os centros de saúde e hospitais conseguiram recuperar a atividade assistencial no primeiro semestre do ano, não só face ao mesmo período de 2020, mas aumentando também em relação a 2019.
De acordo com os dados provisórios divulgados pelo Ministério da Saúde, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) realizaram até junho quase mais 912 mil consultas médicas e 95 mil cirurgias, um aumento de 17% e 37%, respetivamente, face a igual período de 2020.
Em comparação com os valores de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde destaca a ligeira recuperação registada, com um aumento de 12.568 consultas médicas e de 457 intervenções cirúrgicas.
A recuperação da atividade assistencial foi ainda mais acentuada nos cuidados de saúde primários, com um aumento do número de consultas médicas, consultas de enfermagem e de outros técnicos de saúde.
Até junho, os centros de saúde realizaram quase mais 3,5 milhões de consultas médicas (23,3%) comparando com o mesmo período de 2020, e mais 2,3 milhões (14,5%) face ao período homólogo de 2019.
“Considerando que em janeiro e fevereiro de 2021 se observaram os números mais elevados de necessidade de utilização dos recursos do SNS para tratamento de doentes covid-19, os dados aqui referidos demonstram, claramente, o percurso de recuperação efetuado e o alinhamento com a atividade de 2019, ano em que se verificou o mais elevado volume de produção no SNS”, sublinha a tutela em comunicado.
Por outro lado, o Ministério da Saúde destaca também a evolução da atividade no âmbito dos rastreios do cancro da mama, colo do útero, e cólon e reto, em que se registou um aumento generalizado das taxas de cobertura geográfica.
A este nível, os dados revelam que, em relação ao mesmo período de 2020, foram rastreadas nos Agrupamentos de Centros de Saúde e suas Unidades Funcionais no primeiro semestre mais cerca de 84 mil mulheres ao cancro da mama, quase 45 mil ao cancro do colo do útero e 79 mil ao cancro do cólon e reto.
O número de utentes convidados também aumentou exponencialmente em relação ao ano passado, com quase mais 362 mil utentes (125 para o cancro da mama, 41 mil para o cancro do colo do útero e 196 para o cancro do cólon e reto).
Perante estes resultados, o Ministério da Saúde sublinha o “esforço e empenho dos profissionais de saúde no crescimento e alinhamento dos resultados assistenciais com aqueles observados em anos anteriores ao da pandemia”.
LUSA
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