23 Mai, 2023

Centro Hospitalar do Oeste é “pioneiro” na administração de Imunoglobulina Humana Subcutânea Facilitada em Portugal

“Este tratamento, essencial à vida dos doentes com défices do sistema imunitário, repõe as defesas que estes doentes não conseguem produzir para combater as infeções”, refere, em comunicado, o CHO.

A Unidade de Imunoalergologia do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), efetuou, pela primeira vez em Portugal, a administração de Imunoglobulina Humana Subcutânea Facilitada.  O centro hospitalar tornou-se, assim, “no primeiro do país a disponibilizar este tratamento por via subcutânea facilitada, modalidade há muitos anos aguardada pelos doentes e seus cuidadores”.

A Unidade de Imunoalergologia do CHO, coordenada por Susana Carvalho, tem em seguimento doentes com imunodeficiências primárias (IP), que se caracterizam por défices do sistema imunitário que levam a infeções repetidas, bem como outros fenómenos de imunodesregulação.

“A terapêutica com imunoglobulina é fundamental para a sobrevivência destes doentes, reduzindo o risco de infeções fatais”, explica Ruben Duarte Ferreira, especialista em Imunoalergologia do CHO, que se dedica há vários anos a estudar as IP.

Este tratamento pode ser feito por via endovenosa ou subcutânea. A modalidade endovenosa implica infusões em Hospital de Dia com duração de várias horas, com periodicidade por vezes bimensal, enquanto a formulação subcutânea permite a administração pelo próprio doente no domicílio.

“Nesta modalidade, os doentes passam a poder efetuar o tratamento comodamente em suas casas apenas uma vez por mês. Enquanto completam outras tarefas ou passam tempo em família, garantem ao mesmo tempo a manutenção do tratamento.”

Esta inovação é devida à administração de uma enzima, a hialuronidase humana recombinante, que permite a criação de um espaço debaixo da pele para receber maiores volumes de imunoglobulina. As primeiras administrações ocorrem em meio hospitalar, sendo efetuado o ensino da técnica de administração ao doente pela equipa médica e de enfermagem, passando o doente a fazer o mesmo no domicílio depois de se comprovar ter adquirido autonomia para o procedimento.

Texto: Maria João Garcia
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