27 Set, 2018

Associações lançam campanha para mostrar como os pacemakers salvam e mudam vidas

A propósito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 29 de setembro, a Associação "Bate Bate Coração" e a "Associação Portuguesa de Portadores de Pacemakers e CDI's (APPCDI's) lançam a campanha "O meu coração sou eu", um conjunto de testemunhos reais de doentes cuja vida foi salva por um pacemaker.

O objetivo da campanha é alertar a população portuguesa para alguns dos sintomas da bradicardia (que se caracteriza por um ritmo cardíaco lento, normalmente com menos de 60 batimentos por minuto) e educar sobre o que são pacemakers, esclarecendo os procedimentos de implante de um pacemaker e explicando como é a vida dos doentes após a colocação deste dispositivo.

O tratamento com pacemaker é comum no contexto da bradicardia. Em Portugal já se implantam pacemakers desde a década de 60, mas só em 2017 é que o país atingiu a média de implantes da Europa, alcançando o marco de 1.000 pacemakers implantados por milhão de habitantes.

A iniciativa conta com quatro testemunhos reais de portadores de pacemakers: Maria de Jesus Gomes da Silva, que considera que o pacemaker lhe deu “uma segunda vida”; Mário Gomes, que é portador de pacemaker e corre maratonas; Carla Rocha que considera que o pacemaker lhe devolveu a juventude e permitiu que tivesse dois filhos; e Josué Marcelino que tem 63 anos e explica que a colocação foi fácil e rápida, esquecendo-se por vezes que tem um pacemaker.

Carlos Morais, cardiologista e presidente da associação “Bate Bate Coração” explica, citada em comunicado, que esta campanha “mostra como os problemas de ritmo cardíaco não escolhem género nem idade, mas, hoje em dia, podem ser facilmente tratados pela colocação de dispositivos como os pacemakers em intervenções que habitualmente são simples e de rápida recuperação para o doente”.

Na mesma nota, António da Silva Gomes, presidente da APPPCDI’s realça que “a iniciativa «O Meu Coração sou Eu» pretende lembrar que os portadores de pacemakers podem ter uma vida perfeitamente normal, ter filhos, por exemplo, ou até fazer coisas extraordinárias como correr uma maratona”.

A campanha terá como suportes vídeos e folhetos informativos e mupis que estarão distribuídos em transportes públicos e por vários pontos da cidade de Lisboa e do Porto. A campanha “O meu coração sou eu” conta com apoio da Medtronic, da Câmara Municipal de Lisboa, da Câmara Municipal do Porto, da Carris, da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).

Segundo a Associação Bate Bate Coração, em Portugal existe falta de informação disponível sobre arritmias cardíacas:

  • 40% dos portugueses desconhecem os sintomas associados a arritmias cardíacas.
  • 89% dos portugueses não identifica as arritmias como causa de morte.
  • Menos de 5% dos portugueses associa arritmias como causa de morte súbita.
  • Só 9% dos portugueses considera que um portador de pacemaker pode fazer uma vida sem grandes limitações.
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