23 Set, 2016

Alunos de Medicina da Covilhã levam cuidados de saúde a freguesia rural

Ao longo dos três dias, esta iniciativa vai centrar-se na freguesia de Verdelhos, a cerca de 20 quilómetros da Covilhã, e contará com a participação de 30 futuros médicos

O MedUBI – Núcleo de Estudantes da Medicina da Universidade da Beira Interior realiza entre hoje e domingo o projeto “Rastreios à Beira Interior”, que pretende promover os cuidados de saúde em locais mais distantes.

Ao longo dos três dias, esta iniciativa vai centrar-se na freguesia de Verdelhos, a cerca de 20 quilómetros da Covilhã, e contará com a participação de 30 futuros médicos que realizarão exames de saúde e respetivo aconselhamento à população.

“O nosso objetivo é perceber como está a saúde da população de Verdelhos e, naturalmente, ajudar as pessoas que precisem. Queremos também deixar alguns conselhos no sentido do que são os hábitos de vida saudável para ajudar a prevenir patologias mais típicas, como diabetes ou enfartes “, disse, em declarações à agência Lusa, Catarina Gonçalves, vice-presidente do MedUBI.

Segundo apontou, os rastreios serão realizados no centro da aldeia, destinam-se às diferentes faixas etárias e a expectativa é de que a adesão se situe acima das cem pessoas.

“Esperamos que seja possível abarcar a grande maioria da população”, referiu, sublinhando que a iniciativa é realizada em parceria com a Junta de Freguesia de Verdelhos.

Esta responsável explicou ainda que os estudantes participaram previamente numa formação orientada por médicos com o objetivo de aprofundarem os conhecimentos necessários.

Do rastreio farão parte medições de glicemia, de colesterol, da pressão arterial, da massa corporal ou do índice cintura/anca, estando igualmente prevista a revisão dos medicamentos que as pessoas possam tomar.

Além disso, estão ainda previstas outras ações destinadas a crianças e idosos e que serão realizadas na escola e no lar de idosos.

“Na escola vamos promover ações de educação para a saúde, que estimulem a prática do exercício físico, da higiene oral e de hábitos alimentares saudáveis. E também vamos fazer o ‘Hospital do Faz de Conta’ para que as crianças percam o medo das batas brancas. Já no lar de idosos vamos ter atividades como dança, jogos temáticos e rastreios geriátricos”, apontou.

Além disso, será ainda implantado o programa “Idoso Amigo”, através do qual os estudantes “apadrinha” um dos idosos do lar que deverá acompanhar ao longo de todo o ano.

“É um trabalho em nome do nosso futuro e do futuro de toda a gente porque acreditamos que com estas iniciativas também estamos a ajudar a formar melhores médicos, [médicos] mais próximos da realidade e das pessoas e, consequentemente, mais humanos”, apontou Catarina Gonçalves.

LUSA

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