42% dos portugueses já teve um efeito indesejável de um medicamento
Resultados do inquérito revelam que grande parte da população acaba por relatar o sucedido ao seu médico ou farmacêutico.
De acordo com um estudo recentemente divulgado, cerca de 42% da população nacional já experienciou um efeito indesejável associado à toma de um medicamento. Quase 70% afirma ter contactado um médico para relatar o sucedido.
Com o apoio da Bayer, o estudo da INFOSAÚDE-CEFAR, realizado em parceria com as Farmácias Portuguesas, contou com 500 participantes com idades entre os 18 e os 74 anos. Este procurou compreender, não só a prevalência das reações adversas a fármacos, mas também a ação dos portugueses relativamente a este tipo de eventos, de modo a explorar se estes notificam as autoridades de saúde, nomeadamente o INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
De acordo com os seus resultados, estas reações orgânicas do corpo a um medicamento foram passageiras em 57,9% dos inquiridos ou sem consequências (20,1%), como é o caso do registo de náuseas, tonturas ou dores de cabeça. Ainda assim, em casos mais raros, estes poderão ter deixado sequelas ou incapacidades (1,4%).
No mesmo âmbito, apesar de a maioria dos participantes ter respondido que notificou o seu médico e de alguns terem mencionado que comunicaram o sucedido com o seu farmacêutico ou enfermeiro, “apenas uma em cada 100 pessoas afirma ter notificado o INFARMED sobre um efeito indesejável experienciado”.
“A notificação de efeitos indesejáveis de um medicamente, por parte das pessoas, é absolutamente essencial, pois desta forma as farmacêuticas conseguem assegurar o desenvolvimento de terapêuticas com perfis de segurança cada vez mais elevados”, comentou a farmacêutica e responsável de farmacovigilância na empresa Bayer Portugal, Rita J. Duarte.
Segundo conclui, “os resultados deste estudo demonstram a necessidade que existe em, quer por parte do setor, quer dos profissionais de saúde, continuar a trabalhar na educação e sensibilização da população para a importância de relatarem os efeitos indesejáveis dos medicamentos”, de modo a contribuírem para a sua segurança.