Vai nascer em Lisboa uma casa para doentes com leucemia e respetivas famílias

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) tem em mãos a construção da Casa Porto Seguro, um espaço onde poderão ficar alojados doentes hemato-oncológicos, deslocados e em situação de carência económica (bem como os respetivos familiares). Neste espaço, os doentes poderão receber todo o apoio que necessitam, durante o período de tratamentos necessário à recuperação. O espaço terá capacidade para albergar 16 pessoas, ou seja, oito famílias em simultâneo.

A casa – cuja construção deve arrancar no primeiro semestre de 2019 e estar concluída no período de um ano – vai ficar localizada na rua Dom Luís de Noronha, num edifício cedido pela Câmara de Lisboa, a um quilómetro do Instituto Português de Oncologia e a dois quilómetros do Hospital de Santa Maria. Estas são as duas únicas unidades de transplante de medula óssea na capital.

Para além destas, apenas existem mais duas unidades no Porto e uma em Coimbra para cobrir todo o território continental e ilhas. Para os doentes que não vivem nas duas grandes áreas metropolitanas ou na região de Coimbra, o ciclo de tratamentos pode revelar-se muito desgastante, com deslocações constantes que, muitas vezes, chegam a somar centenas de quilómetros para cada lado. Quando são submetidos a transplante, o problema agrava-se, uma vez que os familiares têm suportar custos de estadia em zonas onde o alojamento não é barato para poderem acompanhar a recuperação do doente, que pode chegar a demorar meses. Muitos doentes não têm familiares ou amigos com quem possam ficar quando têm alta.

É a estes casos que a APCL tenta agora dar resposta, acolhendo o doente e respetivo acompanhante, contribuindo, assim, para lhes proporcionar maior conforto numa momento sempre díficil de ultrapassar. O espaço terá oito quartos com casa de banho individual, sala de jantar comum, sala de estar também comum com espaço dedicado às crianças, uma cozinha, zona de lavandaria, jardim e espaço de lazer.

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