20 Set, 2023

Vacina da gripe nos lares terá dose mais elevada para maior proteção

A vacina da gripe que será administrada nos lares terá uma dose mais elevada para uma proteção acrescida e a da Covid-19 está adaptada às novas variantes em circulação, revelou o diretor-geral de saúde em exercício.

André Peralta Santos, que está hoje a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, a pedido do PS, sobre o ponto de situação do processo de vacinação sazonal 2023/2024, sublinhou a estratégia de proximidade adotada para facilitar o acesso às vacinas, com a participação das farmácias comunitárias.

Considerou igualmente que a coadministração das vacinas contra a covid-19 e a gripe nas farmácias este ano permite “transferir alguma carga da vacinação dos cuidados de saúde primários para as farmácias”. Segundo a norma da Direção-Geral da Saúde, a campanha de vacinação contra a covid-19 e a gripe, que arranca no dia 29 de setembro, abrange maiores de 60 anos – que pela primeira vez serão este ano vacinados nas farmácias -, residentes em lares, profissionais de saúde, trabalhadores dos lares e doentes crónicos.

A Direção-Geral da Saúde admite ainda que a abertura da vacinação sazonal a faixas etárias inferiores aos 60 anos pode ser considerada, desde que não prejudique a dos grupos de maior risco. Segundo disse hoje aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde o coordenador da Comissão Técnica de Vacinação, Luis Graça, tal como aconteceu anteriormente, “seria desadequado não priorizar os grupos de maior risco”. “Eventualmente, o alargamento a outras faixas etárias poderá ser considerado, (…) desde que não impacte nesta vacinação dos grupos prioritários”, explicou.

André Peralta Santos sublinhou que a campanha para reforçar a comunicação à população será lançada nas próximas semanas para promover a vacinação e informar os cidadãos elegíveis para vacinação sobre como fazer o processo de vacinação em farmácias.

“Não é novidade as farmácias apoiarem a vacinação sazonal, já o faziam para a gripe, e com boa articulação e boa experiência”, disse Peralta Santos, sublinhando que a experiência das farmácias na vacinação contra a gripe permite ter já a trabalhar nestes locais profissionais treinados para a vacinação.

Sublinhou ainda que esta experiência permitiu igualmente ter sistemas de informação preparados para a comunicação das vacinas administradas em farmácias e para que possam “migrar para o sistema central de informação sobre as vacinas” para se poder “acompanhar o processo em tempo real”.

De modo a assegurar a vacinação, “será necessário treinar mais profissionais e estão já a ser formados novos profissionais em farmácia, com segurança e com a colaboração Ordem dos Farmacêuticos”, concretizou André Peralta Santos.

LUSA

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