7 Jul, 2023

Último dia de greve dos médicos com 95% de adesão, diz FNAM

Hoje, sexta-feira, a FNAM vai ter uma reunião no Ministério da Saúde para entregar uma contraproposta ao Governo. “Haja bom senso para alcançar um acordo de princípio que seja digno para os cuidados de saúde que os médicos querem prestar à população, diz a presidente, Joana Bordalo e Sá.

Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) adiantou à agência Lusa que “a forte adesão” dos dois dias de greve – 90% no primeiro dia e 95% no segundo – “mostra a união dos médicos e o descontentamento” da classe face às políticas no setor e à falta de resposta às reivindicações dos sindicatos.

Segundo a sindicalista, a maioria dos blocos operatórios estiveram fechados, obrigando ao adiamento das cirurgias programadas, com exceção dos das urgências, que funcionaram normalmente com os serviços mínimos decretados.

No que diz respeito a consultas em centros de saúde registou-se uma adesão superior a 90%. Em muitas Unidades de Saúde Familiar chegou-se mesmo aos 100% e nas consultas hospitalares acima dos 90%, de acordo com a federação.

Os médicos iniciaram às 00:00 de quarta-feira dois dias de greve para exigir, de acordo com a FNAM, “salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um Serviço Nacional de Saúde (SNS) à altura das necessidades” da população.

Apesar de as duas últimas reuniões negociais com o Ministério da Saúde estarem agendadas para 7 e 11 de julho, face “ao adiar constante das soluções” e “à proposta insatisfatória” que recebeu do Governo, não excluindo uma nova greve nacional na primeira semana de agosto.

Esta é a segunda greve convocada pela FNAM este ano, depois da paralisação realizada no início de março para exigir a valorização da carreira e das tabelas salariais, mas que não contou com o apoio do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que se demarcou do protesto por considerar que não se justificava enquanto decorriam negociações com o Governo.

Após ter terminado o prazo inicialmente previsto para as negociações no final de junho, na semana passada o SIM anunciou também uma greve nacional para 25, 26 e 27 de julho em protesto contra “a incapacidade” do Governo em “apresentar uma grelha salarial condigna”.

LUSA

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