Sindicato dos Enfermeiros satisfeito com adesão à greve em Viseu e Tondela

No Hospital de S. Teotónio, em Viseu, “o bloco está parado, as cirurgias foram todas canceladas, apenas está a funcionar para a urgência”, segundo um dirigente sindical.

A greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) está a ter uma adesão de 67% no hospital de Viseu e de 90% no hospital de Tondela, disse hoje o dirigente sindical Alfredo Gomes.

“A adesão à greve no Centro Hospitalar Tondela/Viseu está a ser muito boa, até superior ao que perspetivávamos, tendo em conta que estamos num período de férias”, referiu Alfredo Gomes, da Direção Regional da Beira Alta do SEP, aludindo ao turno das 08:00 às 16:00.

Segundo o dirigente, no Hospital de S. Teotónio, em Viseu, “o bloco está parado, as cirurgias foram todas canceladas, apenas está a funcionar para a urgência”.

No Hospital Cândido de Figueiredo, em Tondela, “as consultas estão paradas, o bloco está fechado e nos serviços de internamento são prestados os cuidados mínimos”, acrescentou.

Alfredo Gomes explicou que um dos motivos desta greve é “o descongelamento das progressões, que ainda não avançou” no Centro Hospitalar Tondela/Viseu. “Nós queremos pressionar o conselho de administração, até porque tem autonomia para avançar com o processo. Já desde janeiro que devia ter avançado”, frisou.

Segundo o dirigente sindical, outra das razões que levou à greve é a falta de pagamento do suplemento remuneratório a alguns enfermeiros especialistas. “Embora não seja um problema muito grande neste hospital, há efetivamente alguns colegas que não o receberam”, referiu.

A contratação de mais enfermeiros é outra das exigências, embora o sindicato reconheça que “o centro hospitalar já tem contratado alguns enfermeiros desde junho, mas ainda é um número muito insuficiente” para as necessidades.

“Neste momento, os enfermeiros da instituição são mais de 800 e na bolsa de recrutamento já foram contratados cerca de 30 enfermeiros”, afirmou, acrescentando que o sindicato identificou a necessidade de contratar “60 a 100 enfermeiros, no mínimo”.

LUSA

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