Simpósio “Insónia – a perspetiva da medicina do sono” põe em debate um problema que afeta 10% dos portugueses

A Associação Portuguesa do Sono – APS, vai organizar, no próximo dia 20 de outubro, em Coimbra, o simpósio “Insónia – a perspetiva da medicina do sono”. “Debater a insónia crónica enquanto um grave problema de saúde pública, que atinge cerca de 10% da população portuguesa mas que continua a ser uma questão desvalorizada no nosso país, e, por outro lado, abordar a importância de tratar corretamente esta doença”, são os principais objetivos que conduzem à organização deste congresso, afirma Joaquim Moita, presidente da APS.

O tratamento da insónia será também um dos temas em destaque no simpósio. Irá ser dada “uma grande atenção ao que consideramos ser o tratamento correto da insónia, quer do ponto de vista farmacológico, quer do ponto de vista das novas abordagens como a terapia cognitivo-comportamental”, afirma Joaquim Moita.

“Queremos chamar a atenção para o uso excessivo e ineficaz das benzodiazepinas – pois, para além dos malefícios, elas deixam de ser úteis ao fim de algum tempo. São completamente inúteis e podem inclusivamente ser maléficas para o próprio sono – a estrutura do sono sob o efeito das benzodiazepinas é completamente modificável sendo que este até é um fator, por muito paradoxal que seja, perpetuante da insónia. Consideramos que a prescrição das benzodiazepinas deve ser contrariada”, continua o médico.

A Insónia no Síndrome de Apneia do Sono – a associação entre estas duas doenças, com o que têm em comum do ponto de vista fisiológico – será o primeiro tema a ser apresentado no simpósio. A Insónia de sono curto objetivo – o fenótipo de insónia maligno que está associado à doença cardio e cerebrovascular e à doença metabólica -, insónia na criança e no adolescente e insónia doença mental (com abordagem à questão da insónia e alcoolismo) serão ainda dois dos temas em discussão. De destacar ainda a conferência “Sono, ritmo circadiano e envelhecimento: do laboratório para a sociedade”, com Cláudia Cavadas e Ana Rita Álvaro, investigadoras do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, como oradoras.

Assista aos vídeos, com mais pormenores sobre os temas a debate, com Joaquim Moita, presidente da APS:

https://www.youtube.com/watch?v=EltlRZahY5w&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=AivhxVbUea8&feature=youtu.be

COMUNICADO