Portugal: Exportação em Saúde cresce 17% em contraciclo com balança comercial

Em comunicado, o Health Cluster Portugal (HCP), Pólo de Competitividade da Saúde, sublinhou ontem os mais recentes dados que apontam para um aumento de 115 milhões de euros no respeitante às exportações em saúde no primeiro semestre de 2020.

“A pandemia não afetou a tendência de crescimento que temos assistido nas exportações portuguesas em Saúde“, começa por referir. Valendo-se dos dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), cuja fonte é o Instituto Nacional de Estatística (INE), o HCP declara que “as exportações em saúde estão em contraciclo com a balança comercial portuguesa”.

Os números são claros. A comparação entre o primeiro semestre de 2020 com o período homólogo do ano anterior permite observar um crescimento de 16,4% no que toca às exportações em saúde. Em termos práticos são mais 115 milhões de euros do que em 2019, perfazendo um total de 810 milhões de euros. Por oposição, a balança comercial portuguesa registou uma decréscimo de 17,1% no mesmo período.

“Estes dados demonstram a resiliência de um setor que tem crescido de forma sustentada, contribuindo para a economia nacional”, afirmava Salvador de Mello, o presidente do HCP, citado no documento. Acrescenta ainda que estes resultados, em tempo crítico de pandemia, são reflexo do esforço levado a cabo por diferentes entidades para consolidar a presença de Portugal em mercados externos.

“Numa altura nunca antes vista mundialmente, com uma pandemia que dita a forma como vivemos, o setor da saúde continua a contribuir para a balança comercial portuguesa, afirmando-se em contraciclo. Estes dados, que também traduzem a aposta que tem sido feita na internacionalização, estão em linha com o pacto de competitividade e internacionalização para a Saúde, assinado no ano passado entre o Ministério da Economia e o HCP”, destaca.

O comunicado adianta também que o setor da Saúde em Portugal “representa um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de nove mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando quase 300 mil pessoas”.

No valor das exportações no setor da saúde incluem-se o fabrico desde produtos farmacêuticos de base, de preparações farmacêuticas, até equipamento de radiação e eletromedicina, bem como de instrumentos e material médico-cirúrgico.

Comunicado/SO