18 Out, 2021

Pandemia volta à tendência de subida em Portugal (sobretudo nos idosos)

Depois de várias semanas em queda, o número de novos casos e a incidência retomaram a subida. Infeções nos mais idosos também aceleram.

A pandemia de covid-19 regista uma “intensidade reduzida” em Portugal, mas verifica-se uma “tendência crescente” da incidência de novas infeções, particularmente nos idosos com 80 ou mais anos, indica o relatório das “linhas vermelhas”.

A semana que terminou esta domingo registou 4494 casos de infeções por SARS-CoV-2, o que representa uma subida de 7% em relação aos casos registados na semana anterior. Também a incidência, depois de algumas semanas em queda, inverteu o ciclo e está novamente a subir, assim como o Rt, que já está novamente acima de 1.

“O grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 113 casos por 100 mil habitantes, que reflete um risco de infeção superior ao risco da população em geral, com tendência crescente”, adianta a análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Este grupo etário tem, segundo os dados da DGS, a vacinação completa contra a covid-19 há várias semanas.

A incidência de novos casos mais elevada regista-se, porém, nas faixas etárias entre os 0 e os 9 anos e dos 20 aos 29 anos – ambas com 117 casos por 100 mil habitantes.

Segundo o relatório, a avaliação dos diversos indicadores revela uma atividade epidémica do vírus SARS-CoV-2 de “intensidade reduzida”, com tendência estável a nível nacional, o que se reflete num impacto reduzido da pressão sobre os serviços de saúde e da mortalidade por covid-19.

O número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos no continente revelou também essa tendência estável, correspondendo a 22% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, a mesma percentagem da semana anterior.

Na quarta-feira, estavam nestas unidades um total de 56 doentes.

No que diz respeito à mortalidade específica por covid-19, o relatório indica que está agora nos 9,2 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que revela um “impacto reduzido da pandemia” neste indicador, sendo inferior ao limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.

O documento refere ainda que o número de novas infeções por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 84 casos, com tendência estável a nível nacional, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus apresenta um valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência estável a crescente da incidência.

A DGS e o INSA indicam ainda que a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,4%, igual à semana anterior, encontrando-se abaixo do limiar definido de 4%.

A variante Delta, originalmente associada à Índia, continua dominante em todas as regiões do país, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana entre 27 de setembro a 03 de outubro em Portugal, avança o relatório.

 A covid-19 provocou pelo menos 4.878.719 mortes em todo o mundo, entre mais de 239 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.078 pessoas e foram contabilizados 1.078.729 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

SO/LUSA

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