Ordem exige tolerância zero contra a violência exercida sobre médicos
A Ordem dos Médicos (OM) exigiu tolerância zero contra a violência exercida sobre os profissionais de saúde no local de trabalho, sugerindo uma alteração na lei para proteger os médicos.

A OM lembrou o que gera violência são as expectativas frustradas, insatisfação com o tratamento, stress, doenças e dor agudas, longos tempos de espera ou má comunicação. Para a OM, é uma realidade que “não pode tolerar”, defendendo que “a profissão seja considerada de risco e de desgaste rápido” e sugerindo “uma alteração legislativa estrutural com o objetivo de salvaguardar, proteger e dignificar os médicos”.
No Dia Europeu da Sensibilização para a Violência Contra Médicos e Outros Profissionais de Saúde, o bastonário dos médicos refere, citado no comunicado, refere que “a violência no local de trabalho aumenta o absentismo e até, em casos extremos, pode levar ao abandono, além de desmotivar a opção pela profissão, o que agrava a falta de recursos humanos no sistema de saúde”. A data assinala-se todos os anos, a 12 de março, por iniciativa do Conselho Europeu das Ordens dos Médicos (CEOM).
Carlos Cortes sublinhou que não se pode “tolerar nenhum tipo de violência, muito menos no local de trabalho, onde os médicos dão o seu melhor para cuidar de quem os procura”. Também o presidente do CEOM, José Santos, alerta que a violência contra os médicos “ameaça a qualidade de todos os cuidados”.
Por seu turno, o coordenador do Gabinete Nacional de Apoio ao Médico (GNAM), João Redondo, defende um investimento “na promoção de respostas adequadas às necessidades”, considerando ser “essencial apoiar os médicos e médicas que se encontram em situação de vulnerabilidade”. “Estamos empenhados em gerar as mudanças estruturais necessárias que permitam melhorar ainda mais essa resposta”, sustenta.
LUSA
Notícia relacionada
Episódios de violência contra profissionais de saúde caíram 37% entre 2022 e 2023