23 Nov, 2023

Ordem dos Enfermeiros aplaude criação de grupo de trabalho sobre internato

A Ordem dos Enfermeiros congratulou-se com a criação de um grupo de trabalho para propor um modelo de internato, lembrando que não é justo que um enfermeiro pague do seu bolso a especialização.

Em comunicado, a Ordem dos Enfermeiros (OE) lembra que há oito anos que “trava esta batalha” e que nunca deixou de exigir “que os enfermeiros fossem tratados com respeito e igualdade”.

A criação deste grupo de trabalho foi publicada esta quinta-feira, dia 23 de novembro, em Diário da República, num diploma que define que o grupo tem 120 dias para propor a criação “de um modelo de internato aplicável ao período formativo em exercício profissional, numa área clínica de especialização em enfermagem”.

Este modelo terá como finalidade “a certificação de competências para a prestação de cuidados de enfermagem especializados numa das áreas de especialidade legalmente reconhecidas, no sentido da atribuição do título de enfermeiro especialista”, refere o diploma.

Na nota divulgada, a OE lembra que “não é justo, nem compreensível”, que os enfermeiros paguem do seu bolso a especialização, ao contrário dos médicos e farmacêuticos, que têm o internato pago pelo Estado. “A especialização dos enfermeiros é também um investimento no Serviço Nacional de Saúde”, sublinha a OE, lembrando que vários estudos nacionais e internacionais concluem que a intervenção dos enfermeiros especialistas reduz a taxa de mortalidade, conduz à melhoria dos resultados clínicos de doentes crónicos e diminui o número de internamentos e de reinternamentos.

Segundo o relatório “Os Cuidados de Enfermagem Especializados como Resposta à Evolução das Necessidades em Cuidados de Saúde”, realizado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESCTEC), um aumento de 1% na proporção de enfermeiros especialistas pode conduzir a uma diminuição do tempo de internamento em cerca de 6%.

“O primeiro passo está dado. Mas é apenas um passo num caminho que já devia ter sido dado há muitos anos”, considera a Ordem dos Enfermeiros.

 

LUSA

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