29 Ago, 2024

OMS Europa lamenta redução do uso de preservativos pelos adolescentes

A Organização Mundial de Saúde (OMS) Europa lamentou a diminuição do uso de preservativos pelos adolescentes nos últimos anos, alertando para os riscos de infeção e de gravidez indesejada.

OMS Europa lamenta redução do uso de preservativos pelos adolescentes

“Embora os resultados referentes a adolescentes tenham variado amplamente entre os países e regiões, a tendência é de declínio em alguns países e regiões no uso de preservativos entre jovens de 15 anos sexualmente ativos”, disse Hans Kluge, diretor regional da OMS Europa.

Segundo o responsável, os resultados, que também incluem a utilização da pílula contracetiva, são “desanimadores” mas “não surpreendentes”, tendo em conta a educação sexual negligenciada em muitos países.

A OMS e os autores do relatório exortaram os decisores mundiais a fazer mais para melhorar a educação sexual dos jovens. Nos países onde a educação sexual “adequada à idade” está disponível, “esta tem sido cada vez mais atacada com a falsa premissa de que incentiva o comportamento sexual”, acrescentou Kluge.

Entre os adolescentes sexualmente ativos inquiridos, a percentagem de rapazes que afirmaram ter usado preservativo na sua última relação sexual desceu para 61% em 2022, contra 70% em 2014. Entre as raparigas entrevistadas, o número caiu para 57% de 63% no mesmo período.

No geral, a proporção de adolescentes que relataram ter tido relações sexuais permaneceu “relativamente estável” desde 2014 – com um em cada cinco rapazes de 15 anos e 15% das raparigas da mesma idade a relatarem ter tido relações sexuais. O número de rapazes diminuiu ligeiramente em relação a 2018, quando um em cada quatro declarou ter tido relações sexuais.

Entre outras conclusões, os adolescentes de famílias mais pobres eram mais propensos a não usar preservativo – um em cada três em comparação com um em cada quatro entre os adolescentes de origens mais ricas, disse a OMS Europa.

A utilização do preservativo entre as raparigas foi mais baixa na Albânia (24%) e mais elevada na Sérvia (81%), segundo o relatório. No caso dos rapazes, a taxa mais baixa de utilização foi registada na Suécia (43%), enquanto a mais elevada foi na Suíça (77%).

LUSA

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